Anunciar uma esperança generosa, inclusiva e fraterna.
O jubileu que estamos a viver e celebrar quer ser uma verdadeira peregrinação de esperança e, pois, isso renovará as melhores aspirações e desejos humanos que procedem do Reino e são despertados pelos Espírito Santo. A Constituição Gaudium et Spes, desenvolve esses valores e sonhos como sinais dos tempos que impulsionam o nosso encontro com o Deus da esperança. São Paulo VI refere-se na Encíclica Octogésima Adveniens as utopias como legítimas aspirações dos movimentos sociais à justiça e a plenitude de vida anunciada por Cristo.
A esperança sempre se conjuga na comunhão e unidade das pessoas e dos povos. Por isso, Dom Helder afirmava: “Sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha junto transforma a realidade e a vida”. Os cristãos como fermento na história têm como vocação e missão ser artesãos e poetas sociais que renovam a história com a força e luz da ressurreição. Esperança a vida, colocando o sal da ternura e da caridade, a luz da fé que fundamenta o grandioso sonho de Deus de uma humanidade unida, liberta e reconciliada, mas caminham passo a passo encorajando e abraçando sem cansar e desanimar a todas as pessoas e criaturas da Terra. Apesar de ser pequena como uma criança, a esperança leva sempre consigo a fé é a caridade, tornando o mundo mais respirável é amável um mundo como dizia Eduardo Galeano onde caibam todos, onde os pobres tenham voz, vez e lugar.
A verdadeira esperança não engana, não ilude e não decepciona, mas tampouco é alheia a encarnação e ao sofrimento. Ela suscita sempre a confiança no Deus que caminha conosco e celebra a aliança do amor e da vida desposando a humanidade, gerando sempre as transformações mais profundas e plenamente humanas, concretizando os sinais do Reino de paz, justiça, graça e amor entre nós. Deus seja louvado!
Campos dos Goytacazes, 09 de fevereiro de 2025
+ Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz
Bispo Diocesano de Campos