STF reprova liberação do aborto a mulheres infectadas pela zika vírus
Ricardo Gomes (Diocese de Campos / Regional Leste 1)
Em votação online o Supremo Tribunal Federal reprovou a ADI que liberava o aborto para mulheres infectadas pelo zika vírus. A Relatora Ministra Carmem Lucia iniciou a votação com voto contrario e seguido pelos 5 ministros. O resultado foi uma conquista em defesa da vida. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581 foi impetrada pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) e tem como um dos pontos a possibilidade de descriminalização do aborto nos casos das mães que são infectadas pelo Zika vírus.
Em defesa da vida, a CNBB através da presidência emitiu nota no domingo (19/04) e todas Arquidioceses e Dioceses se manifestaram contra a possibilidade da liberação do aborto em casos de mulheres infectadas pela zika vírus que poderia abrir a liberação em outros casos. Os Arcebispos e Bispos destacaram sobre o atual momento em que o mundo vive a Pandemia do Coronavirus e a luta pela vida. Durante a semana a Pastoral da Saúde e a Pastoral Familiar, alem de entidades da representação civil realizaram mobilização nas Redes Sociais apelando aos Ministros do STF para sensibilizarem neste momento tão delicado que passa a sociedade.
O Bispo Diocesano de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde na CNBB, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz destaca a vitória da Igreja Católica e de toda a sociedade, e destaca a Ministra Carmem Lúcia, Relatora da Ação. Num momento que se vive um mutirão pela vida, um dispositivo promove a Cultura da Morte.
– Uma vitória não só da Igreja Católica, mas de toda a sociedade e a humanidade inteira. Primeiro devemos elogiar a Relatora a Ministra Carmem Lúcia que foi brilhante e devemos manifestar a nossa alegria porque a Igreja esteve a altura do desafio de defender a vida. A CNBB, a Pastoral da Saúde, a Pastoral Familiar, varias entidade da sociedade civil mostraram sua cara e como é importante defender a vida como um direito inviolável e nestes tempos de Coronavirus porque hoje pode ser a ação defendendo que a que pode ter uma gestação com uma infecção com o zika vírus pode abortar e amanha seráa outro vírus e assim vamos alargando e vamos minando essa segurança jurídica que deve ser a garantia por ser sagrada a vida, mas nenhuma sociedade que consiga sobreviver como civilização se não garante esse primeiro e principal direito fundamental. Estamos de parabéns e uma vitória que nos estimula a continuar e lutando no embate contra o Coronavirus que nos leva a cuidar das pessoas mais ameaçadas, mais vulneráveis, porque essa a vontade de Deus, nosso Senhor, que nos mandou seu Filho para que todos tenham vida e vida em abundância. Vamos continuar vigilantes, vamos continuar compartilhando essa alegria de viver e com a esperança firme e tratar de superar e vencer o Coronavirus. – enfatiza Dom Roberto.
Defender e cuidar da Vida. Momento de unir todos na luta e dizer não ao Aborto. O momento é de se fazer um mutirão para a defesa dos mais vulneráveis e frágeis e da solidariedade com todos que sofrem nesta Pandemia do Coronavirus, um inimigo invisível que atenta conta a vida.
– Diante da polemica que se instaurou no país em relação ao julgamento pré agendado no STF sobre a questão do aborto de crianças que nascem de mulheres infectadas pelo vírus da Zika a Igreja no Brasil se posicionou a favor da vida. Achamos muito estranho que no momento que todo mundo procura cuidar da vida nosso Supremo Tribunal Federal e levado pelos Defensores Públicos que entrou com essa ação queira julgar e matar as crianças poque as mães tiveram a contaminação com o vírus e muitas crianças nascem com saúde. O momento de engavetar esse processo e realmente valorizar a vida em todos estes momentos em que a Igreja, o povo e toda a sociedade lutam pela vida. – destaca Dom Orani.
“Uma civilização é avaliada pelo modo que trata os mais frágeis e entre os mais frágeis esta o bebê que esta em gestação e nesta Pandemia do Coronavirus estamos percebendo o esforço das autoridades públicas, médicos, enfermeiros e o sofrimento dos familiares pela fragilidade das pessoas que foram acometidas desse mal e esta se fazendo de tudo, inclusive se construindo hospitais de campanha para atendê-los. E esse clamor comunitário. Não matem os bebês. – Dom Antônio Augusto Dias Duarte – Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
– Temos de fazer de tudo para esse julgamento não acontecer. O Código de Ética Medica que fala que o médico é para salvar e não tirar a vida. Esta no Juramento de Hipocrates e nosso Código Penal que fala que o aborto é um crime. Alem disso o Mandamento de Deus vale para todos. Portanto, vamos lutar neste momento de pandemia e a sensibilidade geral e os juizes não deveriam tratar desse assunto, mas que vamos tratar estamos pedindo que anulem esta ação direta de inconstitucionalidade, portanto não se aprove de maneira alguma o aborto no Brasil. Estamos pedimos, suplicamos e apelamos para a consciência desses juizes para que não aprove o aborto nesses casos. Rezemos e vamos lutar juntos nessa causa em defesa da vida. Cometa Dom Rifan.