Alegria de apresentar e testemunhar Jesus
Alegria de apresentar e testemunhar Jesus
A Festa da Apresentação do Senhor no Templo, aos quarenta dias da Solenidade do Natal, configura um mistério epifânico, isto é, que revela a identidade e a missão de Jesus. Ele é apresentado e reconhecido no Templo como Luz das Nações.
Novamente, vem a nós, o sentido de salvação universal e a graça da união dos povos numa só família, temática natalina. Maria e José, cumprindo os preceitos da lei divina, foram ofertar no Templo um par de rolinhas (oblação dos pobres) por ocasião do sacrifício exigido pelo seu Filho primogênito.
Dois anciãos, a profetisa Ana e o perseverante Simeão, o reconheceram como o Messias que viria a ser a Luz das Nações, acrescentando Simeão uma mensagem específica para Maria: Ele se tornaria sinal de contradição para ruína e ressurreição de muitos em Israel, e uma espada de dor atravessará a tua alma.
Como vemos, uma alegria sobrenatural que ilumina toda pessoa humana, fazendo descobrir as contradições da nossa vida e a proposta de plenitude e realização oferecida por Jesus. O mistério do Salvador questiona profundamente a humanidade na sua caminhada, mostrando o projeto do Pai de restaurar a inteireza e a beleza da filiação divina.
Evangelizar é humanizar plenamente, cada pessoa, convidando-a a assumir, pela graça, a estatura de Cristo. Jesus, a Luz das Nações, longe de bitolar ou tolher a vocação humana de ser sempre mais, de alcançar uma libertação integral, vem desenvolver e responder às mais nobres e sublimes aspirações humanas.
Por isso, apresentar Jesus, sempre será uma missão profética e sinal de contradição, assim como a Luz revela o lado sombrio da condição humana e as estruturas escravizadoras do Anti-Reino. Não tem direito a dormir tranqüilo, quem descobriu a beleza e o encanto do Reino de amor, justiça e misericórdia anunciado por Jesus. Com Maria, e por Maria, apresentemos o Menino Deus que, como Cordeiro Imaculado, não violento e libertador, destruirá as armas da morte para instaurar a Paz do Reino. Deus seja louvado!
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos