“Encontrou uma Igreja dividida, reuniu e agregou”, diz Dom Ferrerìa sobre 60 anos de sacerdócio de Dom Roberto Guimarães
“O seu legado não se perderá nunca. O amor que os padres e os seminaristas lhe devotam, sempre o edifica muito. O que faz crescer a Igreja é o amor, a presença das pessoas que tem empatia, que se importa com as pessoas. Estão próximas, como diz o Papa Francisco”, disse Dom Roberto Francisco.
Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)
O Bispo Emérito de Campos, Dom Roberto Gomes Guimarães, completou nesta quarta-feira (08/12), dia em que a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição, 60 anos de vida sacerdotal. A data foi relembrada por inúmeros sacerdotes e fiéis diocesanos. O atual Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz, presidiu a Santa Missa em Ação de Graças, na Catedral Diocesana Basílica Menor do Santíssimo Salvador, no Centro de Campos. Devido as condições de saúde do Bispo Emérito, ele não pode comparecer, mas sua história foi mencionada durante a homilia de Dom Francisco. “Dom Roberto Guimarães é um bispo, que de Campos exerceu seu ministério na sua cidade natal. O seu lema ‘Procurarei as minhas ovelhas’, ele exerceu com maestria. Ele encontrou uma Igreja dividida e reuniu, agregou um cisma, exercendo seu ministério de pastor. Um homem que foi reitor de Seminário, professor até quando não deu mais. Isso é fundamental para um bispo, ter um grande amor pelo seminário, que é a menina dos olhos do bispo. Não existe Igreja particular sem seminário”, disse Dom Francisco.
Para a Irmã Maria Rosa, do Instituto Nossa Senhora do Bom Conselho, que acompanha o bispo emérito há 23 anos, e atualmente é responsável por todos os cuidados médicos, ela informou que todo o momento que ele tem vivenciado, passa com alegria dando um testemunho de renovação. “Acompanho Dom Roberto há 23 anos, para mim considero uma grande graça e bênção de Deus na minha vida. Dom Roberto é um grande testemunho de santidade e doação. Eu sempre digo que o sim dele a cada dia, principalmente agora nesse momento de fragilidade, alegria com que ele enfrenta tudo é um momento de renovação para mim. Uma bênção de Deus poder cuidar e dar toda a atenção que ele merece. Dom Roberto é um grande pai para o nosso Instituto”, afirmou Irmã Rosa.
Atualmente Dom Roberto Guimarães, que governou a Diocese por 15 anos (1996-2011), tem recebido poucas visitas, devido às restrições médicas. Dom Roberto, que tem 85 anos, chegou a ficar internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele continua o tratamento e os cuidados médicos na própria casa. “Dom Roberto vai está bem, dentro do quadro dele, com as fragilidades vai se recuperando. Hoje, dos 60 anos do ministério sacerdotal foi um dia muito abençoado, feliz, recebeu a visita de alguns padres e seminaristas e ele como sempre muito alegre, feliz. Graças a Deus a recuperação dele é um milagre de Deus que vai se repetindo na vida de nosso pastor”, afirmou Irmã Rosa
Dom Roberto Francisco afirmou que a Igreja precisa de pastores presentes, e que sejam o presente, uma bênção, um grande dom. Dom Ferrerìa elencou ainda, a missão de Dom Guimarães no crescimento da Diocese, principalmente na criação de 14 paróquias e quase-paróquias, mas enfatizou que o importante não foi o número, mas o atendimento as pessoas. “O seu legado não se perderá nunca. O amor que os padres e os seminaristas lhe devotam, sempre o edifica muito. O que faz crescer a Igreja é o amor, a presença das pessoas que tem empatia, que se importa com as pessoas. Estão próximas, como diz o Papa Francisco”, disse Dom Roberto.
História – Roberto nasceu em Campos em 1936. Em 1950 iniciou seus estudos eclesiáticos no Seminário Arquiocesano. São José de Niterói. Terminando o Seminário Menor estudou Filosofia no Seminário Arquiocesano São José, Mariana , Minas Gerais, concluindo também Teologia. Em 1961 ordenou-se sacerdote na Catedral Basilica Menor do Santíssimo Salvador. Foi professor de Seminário da Basilica Menor de Maria Imaculada em Varre-Sai, Vigário Paroquial em Natividade (1964), em São Fidélis (1965 a 1967) – sendo professor do Ginásio Fidelense – e de Lage de Muriaé (1967- 1968), Pároco em São Benedito, Itaperuna (1968 – 1973) e em São José do Avahy também em Itaperuna (1973 – 1995). Foi nomeado vigário geral da diocese de Campos em 1994 e por sua santidade o Papa João Paulo II Bispo Diocesano de Campos em 1995. A Sagração Episcopal e a posse se deram em 7 de janeiro de 1996, festa da Epifania do Senhor, na Catedral – Basílica Menor do Santíssimo Salvador. Tornou-se Bispo Emérito de Campos no dia 30 de julho de 2011.