Na Luz da Epifania o Menino Deus manifesta aos povos e nações a fraternidade amorosa e a paz universal
Sempre se afirma que a Solenidade da Epifania revela a missão da Igreja em ato, pois a Comunidade eclesial continua manifestando o Cristo Salvador a todas as nações, culturas e povos e acrescentaríamos a todas as espécies vivas. De veras esta solenidade impulsiona o que o Papa Francisco denomina “cultura do encontro” que almeja derrubar os muros e barreiras que impedem aos povos reunir-se na tenda onde Jesus os espera. Temos que superar os ideólogos e propagandistas do chamado choque das culturas ou guerras culturais para na trilha dos três Reis e sábios de Oriente, aprender a dialogar, partilhar as sementes do Verbo que já estão inseridas pelo Espírito Santo em cada cultura e filosofia de vida, descobrindo as convergências que nos elevam a alguém que transcendente a todas e nos oferece a salvação e o pleno sentido da nossa existência.
Como estes estudiosos das estrelas, que procuravam ansiosamente o Esperado das Nações, tornam-se importante abandonar a atitude de arrogância, dominação com a qual muitas vezes nos colocamos diante dos outros. A estrela de Belém da esperança e da justiça brilhará e sempre aponta para caminhos de compaixão, misericórdia e reconciliação.
Os presentes que o Menino Jesus precisa para fazer avançar o seu Reino, são hoje o ouro do ágape fraterno ou amor incondicional, o incenso do perdão e da não violência, e a mirra da adoração terna e gratuidade. Cabe às religiões como o Papa Francisco propõe na Fratelli Tutti empenhar-se na cultura de paz, e do cuidado da Casa Comum, afirmando que todos/as somos irmãos, filhos de Deus e da Terra, assumindo como São Charles de Foucauld, o testemunho de ser irmão universal. Deus seja louvado!
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 7 de Janeiro de 2024