Reitor do Santuário Perpétuo Socorro autografa livro
Na noite da sexta-feira (18), Pe. Luis Carlos de Carvalho autografou seu livro Edith Stein: Diálogo Judáico Cristão. Um trabalho que revela a filósofa judia convertida ao Cristianismo e morta no Holocausto.
Ricardo Gomes – Jornalista
Cobertura fotográfica: Jércia Gomes
Pe. Luís Carlos de Carvalho, Reitor do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, lançou e autografou seu livro Edith Stein: diálogo judaico cristão, no Salão Padre Gabriel. A noite foi prestigiada por amigos que compareceram à cerimônia conduzida pelo Jornalista e Assessor Diocesano da Pastoral da Comunicação, Antônio Filho. O Bispo da Administração Apostólica, Dom Fernando Rifan compareceu para prestigiar o lançamento.
Pe. Luís Carlos analisa a vida de Edith Stein, demonstrando que ela é precursora na vivência dialogal entre judeus e cristãos. A base para essa edificação se encontra em suas obras, especialmente em sobre o problema da empatia (Einfühlung), além de sua própria vida, enquanto pessoa aberta às diversas questões humanas. Os escritos de Edith Stein inspiram a apreensão do universo do outro, por meio da empatia, como caminho fraterno de união entre os seres humanos. A manifestação desse processo se verifica na biografia da autora, cujo itinerário demonstra que ela encarnou a empatia, relacionando-se com pessoas de diversas crenças em profundo respeito e harmonia.
– A filósofa de Breslau foi reconhecida como pessoa virtuosa, propagadora do humanismo, mártir por ser judia e cristã e, por ter tido uma vida tão exemplar, foi declarada santa e digna de veneração pelos fiéis católicos no mundo todo. Já para os judeus, Stein cumpriu o mandamento de santificar o Nome de Deus durante a sua vida, por isso pode ser considerada Kadosh, e por ter sido mártir com seus irmãos de sangue na Shoah é reconhecida ainda como Kidush Hashem, ou seja, ela ao santificar o Nome de Deus também se santificou ao extremo da morte cruenta no Campo de Concentração. A carmelita Irmã Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) abraça a cruz por ela, por seu povo, e observa que o nazismo odeia o povo de Israel, porque a existência do povo é sinal da presença de Deus no mundo. Ainda, alerta que após a destruição dos judeus o sistema ateu e idolátrico hitleriano se voltaria contra os cristãos; profecia essa que foi se cumprindo ao longo do Terceiro Reich. – destaca Pe. Luís Carlos.