Missão: Religiosa brasileira evangelizando em terras africanas
Deixar a sua terra natal e levar o evangelho às terras distantes. Ir Rosenette Vieira, religiosa da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, natural de Enéas Marques, Paraná, religiosa há vinte anos e desde 2014 está em missão em Lucala – Província do Kwanza Norte – Angola, na paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Ricardo Gomes – Jornalista
“A mensagem do Papa Francisco para o dia mundial das missões deste ano traz como tema: «Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20), apelo que nos faz sair, ir onde Deus nos envia para levar a boa notícia do Evangelho e mesmo diante do desafio de deixar nossa terra, distanciar-se da família, de nossas seguranças, faz valer a pena.” Ir Rosenette Vieira.
Com vinte anos de vida religiosa, Ir Rosenette Vieira descobriu seu chamado a missão quando conheceu o carisma da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família e desde 2014 está em Lucala, na Provincia do Kwanza Norte, em Angola, trabalhando na Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Uma experiência de partilha e doação pelo Evangelho.
-Me senti atraída pela dimensão missionária, motivada pela partilha de vida e testemunho das irmãs que deixaram a Itália para ser presença missionária no Brasil e nossas irmãs que partiam para a missão no Paraguai, Argentina e Angola. Graças a Deus, com o desenvolvimento dos meios de comunicação, já não sentimos tanto a distância geográfica, é possível comunicar-se com certa facilidade e a providência divina nunca deixou faltar o necessário para nossa subsistência. Fazer a experiência da limitação de recursos e facilidades que as vezes consideramos essências, desafia-nos a superar as nossas próprias exigências. – relata a religiosa.
Ir Rosenette ressalta que anunciar a mensagem do Evangelho em uma cultura diferente é um desafio e em primeiro lugar a conhecer a realidade, a história de cada povo, suas tradições. O povo africano é um povo religioso, traz na alma a dimensão mística, mas que as vezes devido suas fortes tradições, precisam de purificação e por isso para um missionário é desafiador, saber chegar aos corações, levando a verdade, de forma que o Evangelho recebido se torne vida. Pois percebe-se grande participação e animação nas celebrações litúrgicas, mas que muitas vezes contrasta com a vida, a incoerência entre a fé celebrada e a fé vivida.
– Neste sentido a presença dos missionários é este sinal de esperança e que nos faz olhar para todas as dimensões da pessoa e para isso além do trabalho pastoral nas comunidades através de celebrações, momentos de formação, também contamos como o apoio de muitos voluntários que direta ou indiretamente colaboram conosco para o anúncio do Evangelho e para que possamos levar mais vida as nossas comunidades através de ajudas humanitárias que vão ao encontro dos mais necessitados, pois “a missão se faz com os pés dos que vão, com os joelhos dos que oram e as mãos dos que contribuem”.- relata Ir Rosenette.
Que Belo testemunho da Ir. Rosinette. De fato é um grande desafio a missão fora do seu país, porém é uma grande riqueza em todos aspectos. O viver numa outra cultura nos ajuda ampliar a nossa visão de Vida, Igreja e Espiritualidade.