A escuta Sinodal e a Catequese Inclusiva

Pe. Lício de Araújo Vale – Diocese de São Miguel Paulista

A Igrejaestá convocada pelo Papa Francisco a percorrer o caminho rumo ao Sínodo com o tema: “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

Este momentoé um” tempo de escuta sinodal”   período em que a ela se propõe a escutar as vozes de todos os fiéis para orientar suas ações pastorais e decisões. Esse momento de diálogo e discernimento coletivo visa promover uma comunidade mais participativa, atenta e sensível às necessidades e realidades dos diversos grupos que a compõem.

A escuta sinodal, que é a prática de escutar e dialogar com atenção e abertura em um ambiente de sinodalidade, ou seja, onde se busca a participação e colaboração de todos, é fundamental para a vida e a missão da Igreja. Nesse contexto, a catequese desempenha um papel crucial, pois é por meio dela que se transmite e se aprofunda a fé cristã às novas gerações e a todos os que buscam crescer na vida espiritual.

A catequese desempenha um papel fundamental na transmissão da fé cristã e na formação dos discípulos de Cristo. No entanto, em meio à diversidade de contextos e experiências vividas pelos fiéis, a catequese precisa se adaptar e acolher as diferenças, promovendo uma evangelização mais inclusiva e abrangente.

Quando se fala em inclusão de diferentes, a catequese precisa se adaptar e acolher a diversidade de realidades, culturas, contextos sociais, necessidades específicas e modos de compreensão do mundo presentes na comunidade. Isso implica em ampliar a visão sobre quem são os destinatários da catequese e como ela pode ser mais eficaz e inclusiva.

Algumas formas de promover a inclusão de diferentes na catequese em tempo de escuta sinodal podem incluir:

  1. Acolhimento: Garantir que todos se sintam bem-vindos e respeitados no ambiente catequético, independentemente de sua origem, situação pessoal, cultura ou capacidades.
  2. Adaptação dos programas: Personalizar os conteúdos de catequese para atender às necessidades e realidades específicas dos participantes, levando em consideração suas particularidades.
    3. Diálogo e escuta ativa: Encorajar a partilha de experiências, ideias e preocupações, promovendo um ambiente aberto ao diálogo e à escuta mútua.
  3. Formação catequética inclusiva: Oferecer formação aos catequistas para lidar com a diversidade e para desenvolver metodologias que possibilitem uma catequese mais inclusiva e eficaz.
  4. Celebração da diversidade: Valorizar e integrar as diferentes expressões culturais, espirituais e sociais presentes na comunidade, promovendo uma experiência de fé rica e diversificada.
    6. Inclusão de pessoas com deficiência: Garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso à catequese, adaptando materiais, espaços e metodologias para atender às suas necessidades específicas.
    7. A Participação ativa: Incentivar a participação ativa de todos os envolvidos na catequese, promovendo uma vivência comunitária e colaborativa do aprendizado da fé.

Dessa forma, em tempo de escuta sinodal, a catequese tem a oportunidade de se renovar, se tornando mais acolhedora, inclusiva e atenta às diversas realidades presentes na comunidade eclesial, promovendo assim uma vivência mais autêntica e frutífera da fé cristã.

 

 

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