A Festa Nacional das Árvores
Pelo Decreto nº 55.795, de 24/02/1965, institui-se a Festa Anual das Árvores, celebrado dia 21de setembro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O segundo artigo desse decreto declara a finalidade deste evento: “difundir ensinamentos sobre a conservação das florestas e estimular a prática de tais ensinamentos, bem como divulgar a importância das árvores no processo da pátria e no bem-estar dos cidadãos”. Na letra do Hino Nacional Brasileiro, poema de Joaquim Osório Duque Estrada, cantamos com fervor na segunda parte: “Nossos bosques têm mais vida”. Sim, porque a primeira e fundamental soberania é a soberania da vida, e os bosques são sinal desta soberania primordial, pois de que adianta ser soberano onde não pode existir a vida. E o verde da nossa bandeira vem também reforçar que nossas matas pertencem ao patrimônio biológico de nossa querida Pátria, atestando a sustentabilidade dos biomas existentes. É verdade que, desde o descobrimento o Brasil, tem sofrido muito com o desmatamento e com as queimadas que destruíram grande parte da maior reserva florestal do planeta, mas, é verdade também, que nos últimos tempos houve um recrudescimento alarmante, especialmente na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, sem deixar de recordar a antiga exuberância da Mata Atlântica.
Sem sombra de dúvidas, e a sombra tem a ver com árvores, o desmatamento intencional prejudica gravemente a manutenção do equilíbrio da natureza, destrói o abrigo e o alimento à fauna, desprotege o solo da erosão e impede a purificação do ar do planeta. Mesmo nas cidades, as árvores amenizam e embelezam o paisagismo urbano, purificam o ar saturado de poluentes, significa o ninho do passaredo, e gera qualidade de vida em nossas praças.
Neste tempo de cuidado da Criação, defender a florestania, preservando matas e bosques, é contribuir para uma vida saudável, harmoniosa e fraterna para com todas as criaturas. Que o Senhor Jesus, que morrendo numa Cruz, a instituiu como a árvore da vida, nos ajude a estimular o plantio de árvores e sanar a Terra, pois não venceremos a Pandemia do COVID, no ecocídio e no desrespeito à vida no planeta. Deus seja louvado!
+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos
Campos dos Goytacazes, 20 de Setembro de 2020.