Caminho de Fé para fomentar o Turismo Religioso em Campos dos Goytacazes

Caminho de Fé para revitalizar peregrinação na Festa de Santo Amaro. O projeto foi idealizado pelo Sebrae/RJ, em parceria com a CDL, secretaria municipal de Desenvolvimento, subsecretaria de Turismo, Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Diocese de Campos e Governo do Estado do Rio através da TurisRio para promover a fé e desenvolvimento econômico da região aproveitando a demanda religiosa. O Projeto visa colocar a cidade de Campos dos Goytacazes no circuito nacional, atraindo turistas.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

Fotos: Carlos Grevi – Jornal Terceira Via

O turismo religioso para a Igreja Católica que primeiro é a busca de Deus, a evangelização, acolhe as pessoas, os povos e as nações com a virtude do diálogo Inter cultural e a construção de uma família humana mais unida. ”Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos.

Foi lançado na tarde da segunda feira (09/01) na Sede da Câmara de Dirigentes Lojistas, Campos dos Goytacazes o Projeto Caminhos de Fé, aproveitando a presença dos peregrinos que fazem o percurso da Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador, no Centro Urbano da Cidade de Campos dos Goytacazes até o Distrito Campista onde acontece a Festa de Santo Amaro. O projeto visa alavancar o Turismo Religioso e ajudar no desenvolvimento regional.

– Nós temos uma área técnica qualificada. É uma coordenação de turismo que cuida de todos os projetos estaduais. Identificando a grande potencialidade que o turismo religioso traz para as atividades econômicas, nós entendemos que Campos dos Goytacazes não poderia estar fora de um roteiro turístico religioso fundamentado, profissional, com bastante iniciativa para contar toda essa história e legado que existe aqui no município. -disse Guilherme Reche, coordenador do Sebrae na região.

Com a dinamização o projeto envolve todas estruturas do poder público com a iniciativa privada e a geração de renda aos moradores da região. O Caminho de Fé vai envolver todo circuito religioso com festas religiosas e a História que inicia na região com os monges beneditinos, responsáveis pelo caminho que une fé, devoção e cultura.

– Temos o Caminho de São Bento e o Caminho de Santo Amaro, que podem ser visitados o ano inteiro. Vamos aproveitar esse marco, que é a caminhada de Santo Amaro, agora na próxima semana e vamos dar início a uma série de obras de interferência na arquitetura, urbanismo, sinalização nas estradas, QR Code nas igrejas, onde se possa ter acesso às informações. O turismo religioso movimenta o mundo inteiro. As ações serão um incentivo para que empresários não somente da Baixada, mas de toda a região comecem a comercializar camisas, mapas e uma infinidade de produtos. Será criada uma série de oportunidades a partir da formalização –  adianta Edvar.

– E um projeto que envolve a Secretaria de Turismo do Município e a nossa Diocese e se trata de oferecer um conforto, acolhida e atender as necessidades culturais dos peregrinos e romeiros e significa um estimulo a hotelaria, ao artesanato local e a uma cadeia produtiva incentivando o turismo religioso, mas mantendo a identidade do caminho que é sagrado e espiritual que é uma jornada de conhecimento de Deus. Esse projeto do caminho espiritual de Santo Amaro é uma promoção que vai trazer o desenvolvimento social, cultural e certamente espiritual para a Baixada Campista e oportunizar um turismo permanente para além do dia 15 de janeiro e acolher os romeiros e peregrinos durante todo o ano e para isso temos de acolher. – aponta Dom Roberto Francisco.

O presidente da CDL, Edvar Chagas Júnior, disse que esse é apenas o início das ações para alavancar o turismo religioso em Campos e região. “Eu tenho certeza de que com a formalização desse projeto, ‘Caminhos da Fé’, vamos dar o primeiro passo dessa caminhada, não só para Santo Amaro, mas para todos, porque vai fomentar o turismo religioso na nossa região, vai mostrar a nossa história e toda referência histórica da nossa região, como também ajudar o comércio. É uma grande oportunidade de desenvolvimento. Quando falamos em Caminho de Santo Amaro, lembramos logo da peregrinação feita do dia 14 para o dia 15, grande dia do padroeiro da Baixada. Não queremos que isso aconteça só no dia 15, mas que durante o ano inteiro as pessoas possam fazer o caminho”, acrescenta Edvar.

O presidente da CDL adiantou ainda que, observando a vocação para o ciclismo no município, o prior do Mosteiro de São Bento, Dom Inácio, já idealizou ações. “Ele deu a ideia de criarmos o Troféu São Bento de Ciclismo. Vamos levar isso, fazendo provas ciclísticas e eventos para lá. Todo dia 11 ele quer rezar uma missa especialmente para os ciclistas e no dia 11 de julho, dia de São Bento, vai ser uma grande festa e, certamente esse ano, já teremos uma prova ciclista para lá. Isso tudo só movimenta o turismo religioso que alavanca o mundo inteiro”, pontua.

Patrícia Cordeiro, subsecretária de Turismo, falou sobre os passos dados pelo executivo e legislativo do município, para a formalização do Caminho de Santo Amaro e agora do Circuito Caminhos da Fé.

“Nós reconhecemos a importância e a magnitude que tem o caminho de Santo Amaro, tanto em tradição quanto em ato de devoção também. Nós identificamos que dentre outras rotas turísticas religiosas do mundo, essa é uma rota muito potente, então começamos fazendo efetivamente com que esse caminho seja reconhecido. O primeiro passo foi uma parceria, um Termo de Cooperação Técnica com a Câmara, à época do então presidente Fábio Ribeiro, que escreveu uma lei que é de suma importância, integrando o Caminho de Santo Amaro com o Caminho de São Bento. Certamente a partir dessa Lei, incentivos vão ser feitos para a estruturação desse caminho realmente como produto turístico”, comemora Patrícia.

 

Tradição de Fé e Diálogo Cultural

A Festa de Santo Amaro guarda as tradições religiosas com a devoção ao santo e com o diálogo com a cultura. As manifestações de fé e devoção são de quase três séculos de história que une gerações. Aproveitando a demanda cultural o projeto visa alavancar a economia gerando renda com atividades, desde o artesanato, parque de alimentação e serviços.

Além das expressões de fé o caminho guarda histórias construídas ao longo do percurso de igrejas históricas e centenárias. Desde o início do trajeto é possível rever fatos da memória coletiva construída nas igrejas. Festas religiosas com projeção nacional, recebendo fieis e devotos de todo o Brasil.

– São 39 Km que se torna uma rota de turismo religioso, um ponto sem deixar de ser um caminho sagrado e agora se torna um empreendimento social, cultural e religioso que vai animar o circuito de 25 igrejas com um circuito espiritual, eclesial enriquecido com a comunidade dos monges do Mosteiro de Nossa Senhora da Ternura que foram convidados a cuidar do Mosteiro de São Bento, em Mussurepe. – salienta Dom Roberto Francisco.

Com informações e Fotos do Jornal Terceira Via

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