Coronavírus: para a OMS uma emergência sanitária global

Michele Raviart – Cidade do Vaticano

O Coronavírus é uma “emergência de saúde global”. Foi o que declarou a Organização Mundial de Saúde, elevando assim o nível de alerta. A definição de emergência global da OMS implica uma resposta global e coordenada. São até agora, de fato, cerca de uma centena de casos apurados em cerca de vinte países, incluindo a Índia e as Filipinas. O centro da epidemia continua a ser a China, onde há 213 mortos e cerca de 2.000 novas infecções. Mais de cem mil pessoas estão sob observação, enquanto 1.400 pessoas na província de Hubei são consideradas graves.

 

Confiança na capacidade da China

A OMS, que havia lançado um alarme semelhante para Zika e Ebola, não recomenda restrições de viagem, embora os Estados Unidos e o Japão tenham pedido aos seus cidadãos para não irem à China e a Rússia tenha fechado os 4 mil quilômetros de fronteira comum. Para a OMS, porém, há confiança na capacidade de Pequim de manter a epidemia sob controle e o embaixador chinês na ONU fala de sinais positivos de contenção do vírus.

 

Três meses previstos para a vacina

“Devemos apoiar os países com sistemas de saúde mais fracos”, acrescentou o diretor geral da Organização Mundial da Saúde Tedros Adhanom Ghebreyesus, onde as chances de propagação do vírus são consideradas maiores. Para a revista científica “The Lancet”, que analisou 99 casos em Wuhan – cidade que permanece em quarentena – a maior parte do contágio teria iniciado através da exposição ao peixe e aos amimais selvagens no mercado local. Os mais vulneráveis seriam os homens idosos com problemas de saúde precedentes. Para os pesquisadores chineses, seriam necessários pelo menos três meses para uma vacina.

 

Na Itália, duas pessoas contagiadas

Dois casos também foram registrados na Itália: trata-se de dois turistas chineses que desembarcaram em Milão no dia 23 de janeiro. O casal veio de Wuhan e tinha feito algumas etapas intermédias antes de chegar a Roma, onde estão agora hospitalizados. “Não há alarme social”, disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte, que anunciou o fechamento do tráfego aéreo entre a Itália e a China. Em vez disso, os passageiros do cruzeiro que foi bloqueado ontem em Civitavecchia desembarcaram depois da realização de contoles.

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