Cuidar, acolher e evangelizar os pobres e vulneráveis da sociedade
Pobres, vulneráveis e invisíveis a sociedade, moradores em situação de rua são cuidados, acolhidos evangelizados na Diocese de Campos, Norte do Estado do Rio de Janeiro. No Dia do Natal uma ação solidária recebeu na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador. De repente os moradores em situação de rua receberam o afeto e experimentaram o amor de Deus.
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
”. Os moradores de rua não são apenas pessoas para serem assistidas, mas são nossos irmãos e nossos profetas e nossos mestres. E com eles sejamos uma igreja sinodal e vamos mudar o mundo e mostrar que o presépio e mais que algo sentimental é um projeto de vida e um projeto para o mundo todo.” Dom Roberto Francisco – Bispo Diocesano de Campos.
Recordando as palavras do Papa Francisco que recorda que não pode existir Natal sem os pobres, em Campos dos Goytacazes a Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador abriu as suas portas para receber moradores em situação de rua, que foram acolhidos e partilharam experiências de vida e de lutas pela sobrevivência em meio a uma sociedade que os torna invisíveis. Lições partilhadas com o Bispo Diocesano, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz e Pé Marco Lázaro Dias, da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Sacerdote participou no Vaticano do Fórum Internacional das Organizações Sociais de Inspiração Católica e destaca o trabalho realizado na Diocese de Campos no cuidado com as populações vulneráveis e vivendo nas ruas enfrentando violência e fragilidades. E na ação das Pastorais Sociais essa realidade passa pelo cuidado com os pobres como protagonistas da ação evangelizadora.
Pe. Lázaro destaca a agenda que inspira práticas sociais de inclusão e promoção dos direitos humanos. Esse é o caminho realizado e perseguido em comunhão com Bispo Dom Roberto enquanto representante da Desata-me que é a organização social articuladora das ações de fomento de políticas públicas para as pessoas em situação de rua junto ao poder público, sistema judiciário e iniciativa privada.
– Esse caminho, pois, encontro eco na mensagem da Igreja sinodal, haja vista a perspectiva de provocar todas as lideranças a não deixar ninguém de fora da roda da vida e atender a todos, preferencialmente, aqueles do fim da fila, os pequeninos de Jesus. Não sem razão a nossa maior inspiração para 2023 é o tema da Campanha da Fraternidade: Fraternidade e Fome. Dai-lhes vós mesmos de comer. O que celebramos, no dia de Natal, na Praça São salvador, portanto, foi um Laudato Si do Deus Conosco, porque através do gesto fraterno de vestir cada pessoa em situação de rua presente na Praça da Catedral e acolher aquelas dezenas de pessoas no interior da igreja para receberem a benção do Bispo. Enfim, acolher e cuidar para transformar é a nossa meta. Na perspectiva de uma sociedade inclusiva para a justiça e a paz onde os recursos sejam partilhados e a fome seja atacada com a política de nova da economia de Clara e Francisco. – destaca Pe. Lázaro.
Catedral: Casa do pobre e lugar para resgatar a dignidade
Desde a Praça do Santíssimo Salvador os moradores em situação de rua experimentaram o espírito da acolhida e do cuidado. A Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador. Se tornou a casa dos pobres, marginalizados e invisíveis a sociedade. Na porta da Igreja, o Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco recebeu os visitantes que se sentiam em casa.
– No Natal deste ano fizemos uma ação com os moradores de rua. Não basta estar com eles para distribuir um lanchinho. Mas eles são como os pastores convidados para anunciar que Jesus veio, nasceu. O trabalho com eles tem outra referência e encontrar com o próprio Jesus. Estar com os oprimidos e estar no presépio, estar com os oprimidos é anunciar a esperança para todos os povos. Não é uma mensagem sociológica, mas uma mensagem teológica, mas uma opção do Menino Deus. Fizemos um encontro na praça, mas eles vieram na igreja que é sua casa. A casa de Deus é a casa deles e recebi com muito carinho abraçando eles. E isso que me ensina o Papa Francisco e eu aprendi muito com ele e o glorifico o Espírito Santo por ter colocado na Mãe Igreja uma pessoa com a sensibilidade e a compaixão do Papa Francisco. Os moradores de rua não são apenas pessoas para serem assistidas, mas são nossos irmãos e nossos profetas e nossos mestres. E com eles sejamos uma igreja sinodal e vamos mudar o mundo e mostrar que o presépio e mais que algo sentimental é um projeto de vida e um projeto para o mundo todo. – revela Dom Roberto.