Dom Roberto realiza reunião com vereador para tratar de projeto de lei sobre assistência religiosa em hospitais
O bispo diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, participou na tarde da última quarta-feira (12/02), de uma reunião, na sede da Mitra Diocesana, com o vereador Cláudio Andrade, que se propôs a elaborar uma lei que regulamenta a visita do ministro religioso aos hospitais de Campos. Participaram da reunião o Pe. Gilson Mota, capelão da Igreja São José, o assessor do vereador Leandro Nunes e o jornalista da Pascom diocesana Ruan Sousa. Atualmente Dom Roberto atua como bispo Referencial da Pastoral da Saúde, junto a CNBB. A reunião foi motivada após alguns relatos de sacerdotes de dificuldades de conseguir realizar a assistência religiosa em hospitais de Campos. O vereador Cláudio informou que vai propor um projeto de lei, no retorno das atividades da Câmara dos Vereadores, para definir a importância e o acesso do ministro religioso nas unidades hospitalares.
De acordo com o vereador, a reunião foi extremamente positiva, pois serve para dar base e ouvir as necessidades e dificuldades dos sacerdotes e conseguir ter acesso ao paciente. “Infelizmente uma dos problemas é achar que a ida do sacerdote, ou outro ministro religioso é uma visita. Ao contrário, além da própria unção, o religioso dá a motivação, da cura, o tratamento espiritual dos parentes que o acompanham. O projeto de lei será protocolado, vai ser repassado a Comissão de Constituição e Justiça, para em seguida ir a plenário e a sanção do prefeito”, afirmou o Cláudio.
Para o bispo diocesano a Constituição Federal fala de respeitar os procedimentos hospitalares. “Todo o sacerdote já respeita e sabe da necessidade de seguir as normas hospitalares, mas não podemos esquecer que ele não é visita. O proteger o doente é o que importa, tudo sabemos gira em torno dele dentro do hospital, não pode ser isolado, no intuito do encontro com Deus. O doente está pela sua situação muito isolado, está em um lugar que não lhe pertence, cortado da convivência familiar, então ver um rosto amigo que vem conversar, mesmo que só escute já é uma grande diferença”, disse Dom Roberto.
Presente na reunião, o Pe. Gilson Mota enfatizou que a unção dos enfermos tem uma importância enorme para a vida do paciente, dentro do processo da cura. “A unção e o próprio ritual da unção diz na oração a súplica pela cura e também a absolvição do pecado, mas que cure e volte as suas atividades normais. A enfermidade além de física, espiritual e psicológica. Alguns acabam se revoltando com Deus diante da enfermidade, então a presença é muito importante com o conforto e a palavra amiga. Em todos os casos é importantíssima, pois ajuda a encontrar Deus com mais profundidade. A gente sabe que existem pessoas de denominações religiosas que fazem exageros, que gritam até na UTI”, frisou o Pe. Gilson.
Ao final da reunião Dom Roberto Francisco, que é o bispo referencial Nacional da Saúde da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reforçou que a Pastoral da Saúde está preocupada com a assistência religiosa nos hospitais, pois antes de ser um direito do ministro religioso. É um direito fundamental do paciente e faz parte do processo tanto paliativo, quanto restaurativo.
Texto e fotos: Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)
Muito valiosa essa preocupação do Sr. Bispo em enveredar pelos trâmites da lei no sentido de conquistar uma autorização tão importante para os cristãos, especialmente os catolicos. Só quem já vivenciou essa assistência pode falar de sua nobreza e importância.