ESPECIAL LAUDATO SI: Nos 5 anos da “Laudato Si” o Bispo de Campos faz uma avaliação da atual situação da Pandemia do Coronavirus
Em tempo de ataques virais e da atual situação mundial da Pandemia do Coronavirus que dizimou vidas em todos os países, o bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, Referencial da Ecologia Integral alerta para a urgência de uma avaliação de como a humanidade vem tratando da Casa Comum. Diante de situações já ocorridas que ceifaram vidas, Dom Roberto faz um apelo que é necessário ver o Planeta que é criatura de Deus e a falta de cuidados leva a situações que comprometem a vida humana.
– Ao cumprir os 5 anos do lançamento da Laudato Si, do Papa Francisco, diante dessa crise sanitária da Pandemia do Coronavirus vemos que essa Encíclica foi profundamente profética na compreensão desta crise civilizatória na incapacidade de conviver com a criação. Primeiro pelo diagnostico do conceito de ecocidio quando matamos a natureza e as conseqüências é a morte da vida humana e certamente o Coronavirus é conseqüência do destrato e descaso do nosso relacionamento com toda a criação. – relata
E relata que o Papa classifica como a crise da razão Teocrática, o olhar a natureza com uma forma mecânica, fria, considerando como uma mercadoria da qual se pode fazer uso sem pensar na sustentabilidade e na permanência da natureza.
– É necessário levar a Ecologia a vida cotidiana e podemos chamar de conversão ecológica traduzindo o estilo de vida simples da cultura da permanência e do respeito dos ciclos naturais de uma pobreza que respeite os limites que o mundo não é inesgotável. O meio para essa conversão ecológica e um novo estilo de vida centrado nesse relacionamento harmonioso, holístico. – avalia Dom Roberto.
A urgência de um dialogo entre a Economia e a Política. A Economia não privada de ética e um desserviço de busca de poder. E nesse momento de busca de soluções para uma Economia a serviço da Vida e que cuide e proteja a vida.
– Desataco uma educação para o cuidado da natureza que é uma educação transversal e não apenas temática e simplesmente uma extensão de acrescentar algo ao currículo, mas um paradigma para a Ciência e para a Educação. Finalizando diante da crise sanitária que estamos envolvidos, a espiritualidade que venere e respeite e tenha reverencia para a Criação e aprenda a fazer o caminho das criaturas para Deus. Que descubra que a Santíssima Trindade na anacorese e pericorese, esses dois movimentos tenham uma economia para a criação, a sustente e descobrir o Cristo cósmico, o Senhor que esta presente na criação e a resgata. Ver a Eucaristia e o Sacramento como Comunhão com a Criação e que nós seres humanos em nossa lucidez de consciência amorosa elevamos a criação a Deus e ofertamos. E que Maria Santíssima como Rainha da Criação, a Rainha da Vida possa nos estimular a fazer esta Carta tão importante como a Carta da Terra, um manifesto de libertação da natureza, da criação, mas uma carta que nos ajuda a redescobrir a nossa missão de jardineiros e amigos da Terra e cuidadores da maravilhosa obra da nossa Casa Comum. – conclui Dom Roberto.
Texto: Ricardo Gomes ( Diocese de Campos/ Regional Leste 1)
Parabéns pela abordagem. Muito bom. Q este texto já possa servir, para o Povo d Deus, como uma proposta d conscientização em como sermos verdadeiros jardineiros na Casa Comum, entendendo o q São Paulo nos mostra q somos “cooperadores na obra da Criação.”
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