Espiritualidade e Saúde no magistério do Papa Francisco na ótica de um médico brasileiro
A linguagem de Francisco, fonte inspiradora para quem deseja “construir uma nova cultura, iluminada para cada e todo campo da ciência, porque é uma nova cultura com raízes no Céu, do Pai que nos criou para sua Obra Prima que é a Humanidade e o Ser humano”. Fazendo uma pausa na docência, médico paulista volta à Universidade para desenvolver a dissertação de Mestrado “Espiritualidade e Saúde no Magistério do Papa Francisco – Leitura em uma perspectiva dialógica”, que será defendida em 26 de fevereiro.
Jackson Erpen – Vatican News
“Um tesouro de “dicas”, de lições, de núcleos centrais de fé e comportamento universais, maravilhosos, que podem servir como “mandamentos”, como elementos indicativos para a prática em saúde, que precisam ser conhecidos e ensinados nos cursos de medicina, de enfermagem, psicologia”, e que são “a raiz potente de uma nova cultura do fazer saúde da forma mais integral que se possa pensar!”
Dr. Paulo Celso Nogueira Fontão*, filho da Serva de Deus Maria de Lourdes Benedicta Nogueira Fontão – de quem recebeu o nome em homenagem a São Paulo VI, eleito seis meses antes de seu nascimento – membro do movimento dos Focolares desde os 6-7 anos de idade, encontrou no magistério do Papa Francisco a inspiração para escrever sua dissertação de Mestrado “Espiritualidade e Saúde no Magistério do Papa Francisco – Leitura em uma perspectiva dialógica”.
Momentaneamente afastado da docência em Espiritualidade e Tanatologia na Faculdade de Medicina Santa Marcelina, para concluir seu Mestrado em Teologia na PUC-PR, o médico nascido em São José do Rio Pardo, interior do Estado de São Paulo, Diocese de São João da Boa Vista, ultima nestes dias os detalhes da apresentação de seu trabalho, em modalidade virtual, em 26 de fevereiro.
O assessor na APS Santa Marcelina e supervisor/coordenador do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade no Hospital Santa Marcelina (Bairro Itaquera, São Paulo), não esconde sua emoção ao se deparar com as mensagens do Papa: “é como se eu tivesse a sensação de estar ouvindo o próprio Deus falando através de um seu instrumento fiel e dócil, para a Igreja e a Humanidade”.
E ao explicar ao Vatican News o porquê da escolha do tema para sua dissertação, o médico sanitarista afirma que Francisco é um exemplo a ser seguido “para quem quiser construir uma nova cultura, iluminada para cada e todo campo da ciência, porque é uma nova cultura com raízes no Céu, do Pai que nos criou para sua Obra Prima que é a Humanidade e o Ser humano, tudo interligado”:
“Em 2011 fui convidado para falar em um Congresso com 4.300 participantes, em Belém, do Pará, em uma sala concorridíssima, para minha surpresa, com mais de 450 pessoas, sobre Saúde e Espiritualidade na Prática Clínica e dali em diante o tema vem se apresentando em todos os nossos congressos da especialidade, as salas se multiplicam, o interesse é sempre maior, com o nascimento de Ligas Acadêmicas por todo o Brasil – agora, no primeiro semestre de 2021 já são mais de 80 – Núcleos de Pesquisa nascentes, livros, tratados, artigos, eventos específicos em várias especialidades médicas, em Conselhos Profissionais, em Faculdades de Medicina por toda a parte, em eventos em Sindicatos Médicos, etc..
Desde o início do magistério de Francisco, em março de 2013, fiquei sempre encantado pelo dom que sentia que Francisco era para a Igreja e para a Humanidade inteira. No Rio, na JMJ, em todas as ocasiões, apresentando a Igreja proposta pelo Concílio Vaticano II, ainda não plenamente realizado; trazia com um frescor e uma dimensão de acolhimento, de amor, de misericórdia que me parecia exatamente o que está faltando na prática em saúde, em geral, que avançou muito no campo tecnológico, basta ver a rapidez das respostas da ciência à Pandemia, impressionante, mas que tem deixado a desejar no encontro com as reais necessidades do outro, ou com a totalidade delas, um olhar integral, necessário, para que possamos contribuir para a busca da saúde em todos os níveis, não só físico, mas psicológico, social, espiritual e não só individual, mas familiar, comunitário; Francisco tem esse olhar ampliado, que parece vir diretamente do Eterno Pai, de Deus-Amor.
Em outubro de 2013 fui convidado a fazer uma intervenção em um Congresso Internacional do HDC – Health Dialogue Culture (do Movimento dos Focolares), na Faculdade de Medicina de Pádua; conversando com amigos em Roma, professores na Lateranense, em especial o amigo de Criciúma, professor José Renato Ramos, entendi o quanto toda a Igreja deveria abraçar Francisco, sua mensagem, o caminho que estava propondo, inclusive, quando necessário defendendo, em razão do quanto era “contracorrente” tudo o que dizia e diz no atual momento da humanidade, que claro, se reflete também na Igreja, que, por vocação, não está fora do mundo.
Tenho um pequeno “problema” com o Papa Francisco, um bom problema: todas as vezes que eu o escuto falar diretamente e muitíssimas vezes por vídeo, pela Web, ou mesmo lendo seus escritos eu me emociono, me vem as lágrimas…rsss…não de tristeza, ao contrário; é como se eu tivesse a sensação de estar ouvindo o próprio Deus falando através de um seu instrumento fiel e dócil, para a Igreja e a Humanidade. Foi assim todos estes anos e de forma soberba em 2020, desde 9 de março, quando passou a celebrar, foram 91 vezes, me parece, em Santa Marta, com transmissão via Web, também as mensagens do Angelus, das Audiências Gerais às quartas-feiras, os discursos aos profissionais de saúde, a grupos específicos, os “caminhos que propõe para que possamos ressuscitar, nesse contexto da Covid-19, a fraternidade que implora que se escolha como caminho individual e coletivo, como humanidade, culminando em outubro com a Carta Encíclica Fratelli Tutti, as homílias temáticas sobre o “Curar”, o seu depoimento sobre sua “conversão ecológica”, seu apelo que vinha da alma, em nome de todos nós e da humanidade ao Pai, dia 27 de março, com a Praça São Pedro vazia (mas lotada de todos os milhões que acompanharam de todas as partes do mundo), pelo fim da pandemia; os apelos para que possamos sair dessa crise melhores, escolhendo o caminho do encontro, da proximidade, do amor concreto ao irmão, particularmente os últimos e mais necessitados….agora no início de 2021, o apelo pela Unidade de todos, começando pelos Cristãos, para que tenham coerência e credibilidade!
Entendi logo que no magistério de Francisco encontraria um tesouro de “dicas”, de lições, de núcleos centrais de Fé e comportamento universais, maravilhosos, que podem servir como “mandamentos”, como elementos indicativos para a prática em saúde, que precisam ser conhecidos e ensinados nos cursos de medicina, de enfermagem, psicologia, são a raiz potente de uma nova cultura do fazer saúde da forma mais integral que se possa pensar! E é para todos, uma linguagem de Francisco, sempre em diálogo, sempre indo em busca do irmão não católico, não cristão, indo em busca do irmão, a partir de uma forte certeza de sermos filhos todos de um único Pai. Que lindo isso! Que presente é Francisco para todos nós! Estou certo que se possa fazer a mesma “pescaria” quem quiser construir uma nova cultura, iluminada para cada e todo campo da ciência, porque é uma nova cultura com raízes no Céu, do Pai que nos criou para sua Obra Prima que é a Humanidade e o Ser humano, tudo interligado, como Francisco sempre nos lembra, ser humano e a nossa “Casa Comum”. Tudo o que é e deve ser sempre mais guiado pela “Lei da Vida” – expressão de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, que em 1949, em um período de particular iluminação, teve a possibilidade, um pouco, de ter esse olhar ampliado sobre o plano de Deus para as realidades humanas, muito disso trazido para a Igreja pelos últimos Papas, desde João XXIII e também agora por Francisco. Francisco faz como São João da Cruz propõe: “Onde não há Amor, coloca Amor e encontrarás o Amor”; muitas vezes parece pregar no deserto, mas com tamanha potência, que vem de seu “Mandatário” que inunda o deserto e traz um rio volumoso de nova esperança e de certezas de um amanhã melhor.”
Na Universidade, a medicina em uma perspectiva teológica…
“Encontrei no Departamento de Teologia da PUC-PR o acolhimento para um médico que queria se meter a estudar esses temas “teológicos”, sem ser teólogo e um ambiente muito aberto ao diálogo, através de muitos professores inclusive de outras denominações cristãs, do meu orientador, em especial, Pe. Elias Wolff, especialista em diálogo ecumênico e inter-religioso, consultor do Conselho Mundial das Igrejas inclusive, mas tantos outros ali, que constroem na prática esse diálogo, inclusive com muitos colegas de Mestrado e Doutorado de outras denominações, um ambiente riquíssimo e que dá testemunho real da potência da Unidade!
Fiz um ano de aproximação, como aluno especial, cursando algumas disciplinas livres e depois 2 anos como aluno regular; a Defesa, a apresentação da Dissertação está agendada para o dia 26 de fevereiro às 14hs, a princípio via Web, como foi todo o ano de 2020; vivo em São Paulo e só fui a Curitiba em 2020 no início de março, quando a situação da pandemia no Brasil ainda não tinha ficado clara, sua gravidade e penetração.”
Como esses dois aspectos, espiritualidade e saúde, se abraçam no magistério de Francisco?
“Todos os “eixos” do magistério de Francisco dialogam com as questões e as práticas do mundo da saúde, no fazer em saúde, enquanto profissionais, enquanto equipes multidisciplinares, não falo somente enquanto médico; em saúde é preciso haver muita entrega para promover o bem comum, promover o bem a todos, independentemente de sexo, origem, cor, orientação sexual e condições financeiras, utilizando o amor ao atender uma pessoa, buscando entender e amenizar seus problemas, sua dor, trazendo a dimensão da solidariedade para nunca subestimar um problema, o que aparentemente é simples aos nossos olhos, e que pode ser desesperador para o paciente, procurando sempre realizar o melhor cuidado possível, buscando uma atitude de humildade frente àquela pessoa, tratando com respeito e carinho e lembrando que estou ali para atender quem mais precisa e quem depositou sua confiança em mim, que me confia naquele momento o seu bem mais precioso: a vida. Como disse o Papa Francisco a um grupo de pediatras italianos: preserva a vida da concepção à morte, cuidar e preservar a vida e quando não for possível curar, cuidar até o fim, com dignidade, de todos, sem privilégios ou exceções. Lutar com as nossas falas, práticas, atitudes, individuais e coletivas contra uma tendência ao descarte de parte da população “pouco produtiva”. Francisco fala fortemente, e foi agora em 2020, em 31 de maio, se não estou enganado: “Cuidar das pessoas, não poupar para a economia, cuidar das pessoas, que são mais importantes do que a economia. Nós, pessoas, somos o templo do Espírito Santo; a economia, não”.
Seu admirador desde o início, Dr. Paulo contou ao VN que “levou Francisco” para as aulas do Curso de Medicina, ao mesmo tempo em que destacou a importância de acompanhar seu Pontificado por fontes oficiais.
“Olha, desde as conversas que tive em 2013 passei a acompanhar tudo o que posso, sempre a partir das fontes oficiais: página no Facebook do Vatican News, site (www.vatican.va), as homilias na Casa de Santa Marta, as alocuções no Ângelus, as Audiências Gerais às quartas-feiras, discursos a grupos específicos da saúde e outros…as encíclicas, exortações, livros (entrevistas, sobre Francisco, estudos, artigos, etc..). E passei a compartilhar via Facebook e Whatsapp, a um grupo grande de amigos que replicam a outros, vou sabendo aos poucos. Vejo o quanto é importante compartilhar das fontes oficiais, para evitar o risco de manipulações, distorções. Todos os dias, nos últimos 8 anos, entro na página do Vatican News, conheço quase todos da equipe…rsss….e agradeço imensamente a cada um pelo precioso trabalho que desempenha! Vocês não têm noção da importância do que fazem!!
Também tive a possibilidade de levar Francisco para as aulas no Curso de Medicina; quando publicou a Encíclica Laudato Si’ dividi entre os grupos da sala que estudaram e apresentaram aos colegas em formato de seminário. Depois um vídeo em que envia uma mensagem a um grupo grande de pastores evangélicos pentecostais nos EUA, um testemunho recíproco de proximidade, de amizade fraterna, de percurso concreto na construção da unidade. E em 2020, já não como professor, mas em uma aula especial, levei suas reflexões sobre a pandemia aos alunos e propusemos, eu e a professora atual que os alunos escrevessem que enviaríamos ao Papa. Fizemos isso e enviamos, via whatsapp de um cardeal da cúria, essas 50 mensagens dos alunos, espero que ele tenha recebido!”
Mas esse amor pela Igreja e pela humanidade presentes no médico paulista, não existem ao acaso. O Papa Francisco nos propôs não poucas vezes, olhar para “os santos da porta ao lado”. No caso do Dr. Paulo, esse exemplo está dentro da própria casa, veio de sua mãe, agora Serva de Deus…
“Uma pessoa “naturalmente extraordinária”, um “santo da porta ao lado”, como diz Papa Francisco, que a Igreja tem às centenas, aos milhares e um dom necessário e particular por ser mulher, mãe de 7 filhos, avó, leiga extremamente dedicada à Igreja, professora, membro da comunidade onde viveu, reconhecida assim: como cidadã, amiga, como um “anjo” que a cidade perdeu. No seu sepultamento, o velório durou umas 18 horas, foram celebradas 12 missas de corpo presente – muitos padres que a conheciam viam para celebrar e lhe prestar as últimas homenagens – até a última com o D. Tomás, uma multidão passou para vê-la, homenageá-la, agradecê-la. Percebemos sempre, nós da família, que ela não nos pertencia, mas era da comunidade, da Igreja. A seu pedido Chiara Lubich lhe enviou uma “Palavra de Vida” particular para viver, era uma prática dos membros do Movimento dos Focolares quando Chiara era viva; para minha mãe, a partir de sua experiência de vida, lhe enviou: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, principalmente aos irmãos na fé” (Gal 6,10). Ela viveu isso de forma maravilhosa e foi além dos muros da Igreja….Dizia que se inspirava em Santa Teresinha do Menino Jesus, que ela gostava muito: quando dizia para descansar um pouco…”no Paraíso terei todo o tempo do mundo para descansar”. Mas segundo o Padre Heber Salvador de Lima, Jesuíta de Goiânia, seu amigo, “não acho que está descansando no Céu não; conhecendo ela deve estar dando bastante trabalho para todos os santos e para o Eterno Pai!”
Um exemplo, que acabou influenciando a espiritualidade do filho….
“Esse amor pela Igreja e pelo Papa, sem dúvida começou com ela, que escrevia cartas às dezenas todos os dias para incentivar, agradecer, às vezes para apoiar situações de sofrimento também, a bispos, padres, religiosas e inclusive aos Papas (Paulo VI, João Paulo II). Minha mãe foi minha primeira catequista, com ela fiz minha primeira eucaristia e a crisma; ela nos levou toda a família a “ser Igreja”, era a vida dela, vivia por Deus cada momento, nossa casa estava sempre aberta a todos que precisavam, acho que nunca as portas trancadas, nem à noite; todos que chegavam ela acolhia, convidava para o café, o almoço, o jantar, um lanche. Ela, apesar de ter ajudantes, cozinhava muito bem, ajudava na limpeza da casa, visitava cerca de 80 doentes toda semana, de casa em casa, fazia catequese de jovens e adultos, aconselhava pessoas, famílias, formou comunidades, ajudou a construir também templos de pedra, onde nasciam as comunidades, fazia uma programa diário para a rádio da cidade, um artigo para o jornal do domingo, na cidade, escrevia as cartas todos os dias, ia a pelo menos uma missa por dia, rezava o terço, ao menos um por dia (colocava sempre muitas intenções, uns 15-20 minutos colocando intenções às vezes; uma vez uma nossa tia a repreendeu: “Lourdinha, não acha que está abusando de Deus?” Ela serenamente respondeu: “Sei que estou falando com Deus, por isso peço tudo isso, entrego todas estas situações, preocupações; não estou falando com um vizinho ou uma pessoa qualquer, trata-se de Deus! Vou ofendê-Lo se não o considerar o que é!”.
Minha mãe era dócil e forte ao mesmo tempo; foi professora de ensino fundamental, se aposentou dando aulas em escolas rurais, mas poderia ter sido advogada; para ela não pedia nunca nada, mas para os que necessitavam, não se poupava de “se expor” o quanto necessário, parecer inoportuna, não se preservava pelo bem do outro…um enorme ensinamento! Generosa sempre, por Deus, tudo, sempre! Para o bem da Igreja, da comunidade, dos irmãos. Participava do Movimento dos Focolares, a partir do final da década de 1960, quando, em 1969, fomos morar na Paróquia de São Roque, administrada, e o é até hoje, pelos cistercienses. Um monge havia conhecido o movimento em Milão e quis compartilhar com a comunidade ali. Ela, que já tinha todo esse ardor de amor pela Igreja, pela Palavra, pelo irmão recebeu mais estímulo e combustível, no contato com o carisma de Chiara Lubich, e fez com todos nós da família também tivéssemos esse contato. Ela partiu, dia 18 de julho de 1988, retornando exatamente de uma Mariápolis, encontro anual do Movimento dos Focolares, que acontecia naquela época em um enorme salão, que não existe mais, no subsolo da Basílica de Aparecida. O tema da homilia do último dia da Mariápolis, celebrada pelo Cardeal de Aparecida foi que cada um, saindo dali, levasse Maria para sua casa; como disse D. Tomás Vaqueiro, nosso bispo diocesano na época, agora também Servo de Deus, que também estava nesta Mariápolis, na homilia na missa de sepultamento de Lourdinha Fontão, com ela foi diferente, foi Maria que a quis, vendo-a tão pronta, foi Maria que quis leva-la para casa e ali não estavam sendo sepultados restos mortais de Lourdinha Fontão, mas as relíquias de uma santa.”
Em 23 de janeiro último, mais um passo no processo de Beatificação…
“O processo de Beatificação teve sua autorização em outubro de 2014, quando passou a ser chamada de Serva de Deus; em 2017 foi constituído o Tribunal Diocesano, pela causa de Betificação; o bispo atual da Diocese de São João da Boa Vista, Dom Antônio Emídio Vilar, está bastante empenhado. Espera-se encerrar a fase diocesana até julho, agosto deste ano, vamos ver. A família, por uma questão lógica de conflito de interesse, fica um pouco distante, mas é claro que sempre que chamados, participamos. Em 28 de dezembro foi realizada a exumação dos restos mortais e em 23 de janeiro de 2021 a cerimônia de reconhecimento canônico e recepção em um sarcófago, agora na Igreja Matriz de São Roque; de 1988 até dezembro de 2020 estava sepultada, a pedido na época do seu falecimento do Bispo D. Tomás Vaqueiro, na Igreja N. Sra. De Loreto, que ela ajudou a construir – comunidade e templo.”
Para maiores informações sobre a Serva de Deus de Lourdinha Fontão, escreva para: [email protected] ou [email protected]
Para finalizar, um sentimento de gratidão…
“Só um agradecimento, de coração, por essa oportunidade de compartilhar um pouco sobre minha mãe e a inspiração que é, também na área da saúde, o nosso querido Papa Francisco.”
*Dr. Paulo Celso Nogueira Fontão nasceu em dezembro de 1963 na cidade de São José do Rio Pardo, interior do Estado de São Paulo. É Médico de Família e Comunidade e Médico Sanitarista. Concluiu sua graduação em Medicina em 1989, na PUC-SP. Participa do Movimento dos Focolares desde os 6-7 anos e atualmente da Associação Internacional Health Dialogue Culture (HDC), irradiação na área da saúde do Movimento dos Focolares. Trabalha como médico assessor na Gestão Médica da APS Santa Marcelina, em Itaquera, zona leste de São Paulo. É Supervisor do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade do Hospital Santa Marcelina, atualmente com 37 Médicos Residentes em formação.
Ademais, participa do Grupo de Trabalho em Saúde e Espiritualidade da SBMFC – Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e faz parte da Câmara Técnica de Medicina de Família do Conselho Federal de Medicina, em Brasília, e ainda da Coalizão Inter-fé em Saúde e Espiritualidade, que é um grupo de Capelães, Médicos e Líderes religiosos, ecumênico e inter-religioso, liderado pelo Cônego José Bizon, da Arquidiocese de São Paulo – com padres, rabinos, sheiks, pastores, monges budistas, sacerdotisa de tradição africana – que busca caminhos comuns para um apoio espiritual às pessoas internadas em hospitais e clínicas.
Durante 7 anos lecionou Espiritualidade e Tanatologia na Faculdade de Medicina Santa Marcelina, da qual se afastou temporariamente em função do Mestrado em Teologia na PUC-PR.