Filhos e cidadãos na Nova Criação

     O Tempo de Natal culmina com festa do Batismo do Senhor, que desenvolve um dos três mistérios da Epifania (Manifestação) de Cristo ao mundo. De veras, o Batismo de Jesus no Jordão revela, pela teofania do Pai, reconhecendo seu Filho amado, a sua identidade e missão, bem como a sua solidariedade com a família humana.

     Mas, o Batismo de Jesus ilumina o nosso, pois nesse dia memorável em que nascemos para Deus nos tornamos filhos no Filho. Incorporamo-nos ao Corpo de Cristo, que é a comunidade eclesial, assumindo a fraternidade cristã.

     É nesta raiz batismal que inicia a cidadania do Reino, e assumimos a missão de ser com Cristo: profetas, servos e sacerdotes. Somos novas criaturas, sendo libertos do pecado original, herdeiros da promessa, Templos do Espírito Santo, que nos guia e conduz.

É lastimoso que vivamos, muitas vezes, esquecidos desta maravilhosa dignidade e graça que tomou conta de nós. O olvido, ou amnésia, desta realidade sobrenatural, torna-nos apáticos e inscritos numa categoria cinzenta e inexpressiva: cristãos não praticantes. Equivale a dizer: ciclistas não pedalantes, ou peixes não nadantes, como o açúcar depositado no fundo do copo de uma limonada, que fica assim amarga e sem gosto. 

Por isso é prioridade avivar a mecha que ainda fumega, propondo a estes irmãos (ãs) o retorno, a volta, a vivência plena do Batismo e de uma fé viva, operosa e explicita. Uma Igreja em estado de missão permanente passa pela valorização e resgate do santo Batismo.       

Deus seja louvado!

+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

Bispo Diocesano de Campos

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