Pastoral Afro-brasileira na Diocese de Campos na luta por vida e dignidade dos negros e respeito a cultura

Campos dos Goytacazes, Norte do Estado do Rio de Janeiro, a Pastoral Afro-Brasil na luta por vida e dignidade para os negros com respeito as expressões culturais. Uma luta para além da comemoração do Dia da Consciência Negra, um maro na luta contra todo tipo de escravidão.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

A luta pelo fim de todo preconceito, pela liberdade e violência que continua vitimando os negros e o projeto da Pastoral Afro –brasileira na Diocese de Campos. Uma luta para além da comemoração da Consciência negra, data que recorda a morte de Zumbi dos Palmares, líder da luta por liberdade do negro,

Desafios de uma luta que continua.  A Pastoral Afro –brasileira tem como luta a defesa do negro, numa cidade, que continua com o preconceito contra os negros, vítimas de uma sociedade da desigualdade e preconceito. O Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco revela que é necessário lutar contra todo tipo de escravidão.

 – Os negros são a maior população carcerária e tem muitas portas fechadas E cabe a pastoral afr- brasileira resgatar s dignidade do povo negro que continua com várias situações de opressão e de exclusão. E ajudar a mostrar a sociedade que todos somos filhos de Deus e irmãos. – destaca Dom Roberto Francisco.

Uma luta que continua……

Canto e Compositor, João Damásio destaca que a luta continua, e compete a toda sociedade respeitar a vida e a dignidade dos negros, que continuam sofrendo com preconceito e violência. Ser negro e ter vida e dignidade é o direito, que precisa ser respeitado.

– Minha luta hoje e dar continuidade ao processo de libertação. E escolhemos três ícones nessa luta e da cultura negra de Campos dos Goytacazes, três personalidades, Jorge da Paz Almeida, Dona Conceição de Maria e Geraldo Gamboa. Jorge da Paz Almeida por litar pelo Dia Municipal do Samba, não se fala em samba sem essa personalidade. Dona Conceição de Maria foi a grande idealizadora do cuidado com os negros, que oferecia refeição a todos. Geraldo Gamboa foi um funcionário público negro, um intelectual que representa muito bem a memória do negro campista. – destaca João Damásio.

Respeito a cultura e as tradições dos negros

Campos dos Goytacazes traz na marca as tradições do samba, da capoeira. E compete a Pastoral Afro –brasileira ajudar a preservar todas essas manifestações da cultura negra. Um povo sem memoria perde sua identidade. A arte negra tem como objetivo a luta pelo fim de todo tipo de preconceito, que coloca os negros à margem da sociedade, que continua promovendo desigualdades. Levar essas manifestações ao Museu Histórico, representa uma quebra de paradigmas, pelo espaço ter sido de repressão a negritude.

– O museu era o local de um escravista, Visconde de Araruama e estamos mexendo com essas estruturas e quebrando esse paradigma trazendo a esse local a cultura negra de nossa cidade Graziela Escocard –Historiadora e Diretora do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes.

 

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