Patrimônio vivo do distrito de Santo Amaro: Maria da Conceição Ramos

Agradeço a Deus e a Santo Amaro por me conceder uma vida longa. Aos 90 anos minha vida é só alegrias e recordações de um tempo e as amizades que preservo nos dias de hoje. E viva Santo Amaro!. Maria da Conceição Ramos.

Maria da Conceição Ramos faz parte da história da Cavalhada de Santo Amaro. Aos 90 anos vive as alegrias e emoções de um tempo que confeccionava todas as roupas e adereços usados pelos cavaleiros no espetáculo de cor e de beleza. Recordações e hoje a anciã é considerada um patrimônio vivo da Cavalhada de Santo Amaro. No ano passado recebeu no dia 15 de janeiro a visita do Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco que conheceu Maria da Conceição Ramos. Uma visita para trazer as bênçãos de Deus a anciã e família.

Após 5 décadas e fragilizada pela idade, passou a missão a sobrinha, Maria Inês que atualmente ficou responsável pela preparação das roupas e adereços Mas a alegria de Dona Conceição é receber em sua residência os cavaleiros que comparecem para o abraço afetuoso. No dia 15 de janeiro ela é reverenciada por todos. Desde os mais velhos aos mais jovens passam por sua casa. Emocionados e felizes por reverenciarem esse patrimônio vivo.

– Minha vida foi marcada por muitas alegrias. De Santo Amaro recebi muitas graças, mas a maior alegria é receber carinho de todos amigos e amigas que conquistei na minha vida. Vi muitos crescerem correndo cavalhada, e hoje quantas felicidades quando me visitam com seus filhos que continuam a tradução familiar. Só alegria e muita emoção. – disse Dona Conceição.

Histórias de uma vida dedicada a cultura. Maria da Conceição Ramos nasceu na cidade de Quissamã. De sua família herdou a devoção a Santo Amaro. E ao se casar veio morar no Distrito Campista de Santo Amaro. Se encantou e logo começou sua história de fé e devoção ao santo que chama de Amaro santo recordando as festas promovidas pelo pai numa capela em `Pindobas. Chegando a Santo Amaro o desafio: preparar as roupas da cavalhada. Desde então se passaram 50 anos de serviço voluntário a festa. Na sua residência coleciona troféus e medalhas e as comendas e honrarias concedidas pela Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes. Prova e reconhecimento de seu trabalho prestado que por décadas colaborou para o brilho e beleza do espetáculo do dia 15 de janeiro.

Gratidão e emoção  e alegria que se renova a cada ano. Para os amigos e amigas a sensação é de felicidades de a cada ano rever a anciã de fala mansa e mesmo limitada pela idade, viva como uma lenda: patrimônio de fé, devoção e de preservação cultural

Texto: Ricardo Gomes

Fotos: Carlos Emir, Isaias Fernandes, Dib’s Hauaji e Ricardo Gomes

Posts Similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *