Vida e Missão: sacerdotes falam da expectativa de assumir paróquias em Varre-Sai e Bom Jesus do Itabapoana

“Quero agradecer a Deus em primeiro lugar, pela vocação, ao Sr. Bispo pela confiança e ao povo, para que rezem por mim e que possa colaborar para que o Reino de Deus cresça. O padre não faz nada sozinho, é necessário que o padre tenha também os colaboradores, que são os leigos, homens e mulheres batizados, que colaboram para que o reino de Deus cresça”, afirmou o Pe. Rogério.

Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

A Diocese de Campos promoveu, neste mês de dezembro, mudanças nas paróquias São Sebastião na cidade de Varre-Sai, bem como na Paróquia Senhor Bom Jesus, no município de Bom Jesus do Itabapoana, na região noroeste fluminense. No município de Varre-Sai assume como administrador paroquial o Pe. Janvier Kambale Kataka, o sacerdote tem 40 anos e 9 de sacerdócio, tendo já exercido o ministério sacerdotal na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na baixada campista, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Parque Lebret, e na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Itaperuna. “Cada vez que recebo um novo mandato para uma nova missão, sempre tive uma única expectativa expressa num triplo movimento: esperança, fé e coragem. Até porque todas as realidades que assumi na Diocese sempre foram desafiadoras. Dessa mesma forma, vou para Varre-Sai, ciente do que esta missão representa. Porém, determinado a usar o mesmo estilo de abordagem, afinal de contas, sou Padre e não deixaria de encarar qualquer missão a mim confiada”, afirmou o Pe. Janvier.

“Seja qual for à missão levo sempre a alegria, porque terei irmãos na fé. Fé e esperança, pois a missão não é minha, mas do Cristo. E coragem, pois o próprio Jesus disse ‘coragem, ânimo e serenidade’. Apenas viverei a minha fé no meio desse povo querido dando continuidade ao que os irmãos predecessores realizaram e planejaram”, declarou o Pe. Janvier.

Em Bom Jesus do Itabapoana assume o ofício de pároco o Pe. Rogério Cabral Caetano tem 47 anos, sendo 20 anos de sacerdócio. Ele já foi administrador da Paróquia São José, agora retorna ao município para ser o responsável pela Paróquia Senhor Bom Jesus. De acordo com o Pe. Rogério, a paróquia já está consolidada, tem forças, comunidades, grupos e pastorais vivos. “Minha expectativa em assumir a paróquia do Senhor Bom Jesus é a da continuidade na vida pastoral, na condução da paróquia. E é peculiar porque tem também um pároco idoso, um pároco emérito. Então vamos conviver também com essa realidade que certamente vamos fazer muito bem também. É uma paróquia já de uma vida pastoral intensa, um povo muito católico”, declarou Pe. Rogério.

Segundo o Pe. Rogério o tempo que esteve na Paróquia São Sebastião, em Varre-Sai, foi desafiador ao mesmo tempo rico, ao longo dos 13 anos de pastoreio. “E por ser uma paróquia rural, com muitas comunidades, são quase 20 capelas, nesse tempo todo conduzi tudo sozinho, e também tinha os desafios pastorais de uma igreja que tinha duas missas no domingo. Hoje, temos cinco horários de missa dominical, hoje temos uma pastoral mais ativa, também uma pastoral do dízimo mais organizada, um dízimo mais condizente com a realidade da paróquia, que não era há 13 anos. Também eu pude conviver com a realidade política, da Administração Apostólica, nós convivemos muito bem aqui, e depois também teve”, afirmou o sacerdote.

“A minha alegria por ter sido padre na Paróquia São José, que é um povo maravilhoso. O povo de Bom Jesus em si, é um povo católico. E naquela época as dificuldades eram muito maiores. Por exemplo, no meu território da Paróquia São José, havia a Casa de Saúde, que era um hospital que fechou, e a Clínica de Repouso, que também existia, o Hospital São Vicente”, diz Pe. Rogério.

O Pe. Rogério já exerceu o ministério em Bom Jesus do Itabapoana, entre julho de 2003 até o ano de 2009, ao longo de 6 anos exerceu a preparação da Capela de Carabuçu, hoje Paróquia Santo Antônio. Para o sacerdote, será um momento importante para sua experiência sacerdotal o pastoreio em 2024. O Papa Francisco reforça a questão da sinodalidade acima de tudo, o saber conviver e ouvir. “Ao longo dos quase 21 anos de sacerdócio, a gente vai crescendo, amadurecendo, e também tendo outra visão da Igreja. Então, não esperem nada além de um padre, eu vou como sacerdote, aquele que vai ser sinal de comunhão. Porque o padre não é só para rezar missa, mas é aquele que vai ser também sinal de comunhão, de diálogo com a sociedade. Convivendo também com as realidades todas, a política, as religiões, a convivência. Convivi com os pastores e isso eu pude realizar no tempo que fui pároco”, disse Pe. Rogério.

De acordo com o Bispo Diocesano de Campos Dom Roberto Francisco, as funções que os sacerdotes irão desempenhar é um desafio, na perspectiva de trabalho. Segundo o bispo, tanto o Pe. Janvier, quanto Pe. Rogério, deverão continuar o processo de aprofundamento pastoral na linha do Papa Francisco. “Igreja em saída, superar certos bolsões assim ainda de, não diria tradicionalismo, mas de pastoral conservadora, só de manutenção, e sempre entusiasmar e desmotivar as tradições, porque a tradição tem certa dinâmica. Desafios são muito importantes porque permitem alargar a tenda, que é o grande desafio desta etapa do processo sinodal que já está finalizando. Alargar a tenda é abrir mais interruptores, atingir mais pessoas, comunidades e certamente também, caminhar juntos, uma pastoral de conjunto cada vez mais integrada, cada vez mais diferenciada, mas orgânica, que não perde o conjunto. São dois padres jovens que têm muito a dar ainda e que têm experiências já muito positivas”, finalizou Dom Roberto.

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