Reitor do Santuário Perpetuo Socorro lança livro sobre Edith Stein

Pe. Luís Carlos de Carvalho, Reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Campos dos Goytacazes lança livro Edith Stein: Diálogo Judaico Cristão. Noite de Autógrafos acontece no dia 17 às 20h no Salão Padre Gabriel.

Ricardo Gomes – Jornalista

Pe. Luís Carlos de Carvalho, Missionário Redentorista, lança na próxima sexta feita (17) às 20h, no Auditório Padre Gabriel no Santuário Nossa Senhora do Perpetuo Socorro o livro Edith Stein: Diálogo Judaico Cristão publicado pela Editora Ideias e Letras. No livro Edith Stein: diálogo judaico-cristão o leitor terá a oportunidade de ver na vida da filósofa Edith Stein traços de uma pessoa que se destaca como precursora do diálogo inter-religioso, especificamente na convivência entre judeus e cristãos, tanto católicos como luteranos.

A obra apresenta o fenômeno da ‘empatia’ unificando a tradição judaica e a cristã, sem minimizar e nem ‘mascarar’ os valores eternos das duas tradições religiosas. Em Stein vislumbra-se uma ‘ponte viva’ entre o judaísmo e o cristianismo vivenciados de forma coerente e amorosa. Em sua carta ao Papa Pio XI (1933) a filósofa se declara Filha da Igreja e pede que a mesma Igreja na pessoa do Sumo Pontífice se posicione na defesa do povo de Deus que estava sendo perseguido e assassinado pelo governo nazista.

– A filósofa de Breslau foi reconhecida como pessoa virtuosa, propagadora do humanismo, mártir por ser judia e cristã e, por ter tido uma vida tão exemplar, foi declarada santa e digna de veneração pelos fiéis católicos no mundo todo. Já para os judeus, Stein cumpriu o mandamento de santificar o Nome de Deus durante a sua vida, por isso pode ser considerada Kadosh, e por ter sido mártir com seus irmãos de sangue na Shoah é reconhecida ainda como Kidush Hashem, ou seja, ela ao santificar o Nome de Deus também se santificou ao extremo da morte cruenta no Campo de Concentração. A carmelita Irmã Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) abraça a cruz por ela, por seu povo, e observa que o nazismo odeia o povo de Israel, porque a existência do povo é sinal da presença de Deus no mundo. Ainda, alerta que após a destruição dos judeus o sistema ateu e idolátrico hitleriano se voltaria contra os cristãos; profecia essa que foi se cumprindo ao longo do Terceiro Reich.  – destaca Pe. Luís Carlos.

Edith Stein: Diálogo Judaico Cristão relata, resumidamente, as discórdias entre os dois povos ao longo da história e posteriormente apresenta a aproximação e empatia entre judeus e cristãos. A Igreja Católica, por meio do Concílio Vaticano II, inaugurou uma nova fase no relacionamento entre judeus e cristãos católicos, promovendo a concórdia e a aproximação entre os fiéis das duas tradições. As autoridades religiosas judaicas, também, acolheram a proposta do diálogo e, por sua vez, reconheceram os esforços de aproximação da Igreja Romana emitindo documentos que selam a paz entre seus fiéis. As duas tradições religiosas têm buscado ser sinal de fraternidade em meio às diversas realidades sociais do mundo, onde ainda existe violência e morte provocadas pela manipulação da religião em favor de certas ideologias.

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