Diocese de Campos registra o 23º ato de vandalismo desde 2019 nas regiões norte e noroeste fluminense
Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)
A Igreja Matriz São Benedito, no bairro Niterói, no município de Itaperuna, na região noroeste fluminense, durante a madrugada deste sábado (28/10), foi algo de ato de vandalismo. Para ter acesso ao interior do templo, os suspeitos utilizaram uma janela de vidro na lateral da Igreja. Já no interior do templo seguiram em direção ao cofre de contribuições. O pároco Pe. Estevão Lewandowski acionou as Polícias Militar e Civil. O sacrário não foi profanado, agentes da Polícia Civil realizaram uma perícia, câmeras de segurança serão analisadas, que flagraram a ação foram enviadas para a Polícia Civil. Durante a ação, os suspeitos não tiveram acesso à secretaria, mas conseguiram destruir um velário eletrônico, que utiliza moedas para acender. Esta é a segunda Igreja do município alvo em um mês, no último dia 01 de outubro, foi registrado um ato de vandalismo na Igreja Nossa Senhora das Graças, no bairro Aeroporto.
Um levantamento feito pela Diocese de Campos aponta que desde o ano de 2019 até outubro de 2023 foram registrados 23 atos de vandalismo ou furtos no território diocesano. A extensão do território da Igreja Particular de Campos abrange 17 cidades das regiões norte e noroeste fluminense, distribuídas em 2 Vicariatos (Norte e Noroeste). Do total foram 16 registros realizados apenas no município de Campos, com 62,5% dos atos realizados na baixada campista. No município de Itaperuna foram 4 registros, sendo dois neste ano de 2023.
Para o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, infelizmente estes atos têm aumentado no interior do Rio, talvez também por uma falta de saber sobre como proceder ou como prevenir esse tipo de delito. “Porque são crimes contra a liberdade religiosa, intolerância e ataques, justamente, a templos que são sagrados. Mas eu diria que me preocupa mais que nós estamos acostumando a ser uma rotina. E eu não estou vendo fibra nos católicos. E se um católico não se sente ameaçado ou tocado por essa invasão, por esse sacrilégio, é que nossa fibra, nossa fé está muito pequena. Precisamos reagir, reagir de uma forma mansa, claro, mas convicta, com fé firme, porque é o mistério da fé. Se não temos fé nisso, em que vamos ter?”, declarou Dom Roberto.