Arquidiocese de Niterói se despede de Madre Bernadete
Muitas homenagens e emoção, na despedida de Madre Maria Bernadete, falecida na sexta-feira, 9 de agosto, às 15h. Desde este dia, várias celebrações de Corpo Presente vêm ocorrendo. Às 14h do dia 12 de agosto, depois da última celebração, foi realizado o enterro. Madre Maria Bernadete, de nome civil Maria Madalena de Figueiredo, foi fundadora do Instituto das Irmãs do Bom Conselho, dedicando-se durante toda sua vida à oração pela Santificação dos Sacerdotes.
Nas missas de exéquias, estiveram presentes o Cardeal Dom Orani, Bispos, sacerdotes, religiosos, autoridades políticas, civis e militares de todas as partes do Brasil. Também estavam presentes os familiares da Madre, que nasceu no dia 22 de julho de 1918, em Sousa, na Paraíba.
A última Santa Missa teve a presidência do Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco, Presidente do Regional Leste 1, concelebrada pelo Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani, pelo Arcebispo Emérito de Niterói, Dom Frei Alano, pelo Bispo Emérito de Campos, Dom Roberto, pelo Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Roque, pelo Bispo de Barra do Piraí, Dom Luiz e vários sacerdotes. Após a Missa, o corpo da Madre percorreu as principais ruas da cidade, sendo sepultada ao voltar ao convento.
Dom José Francisco destacou que “A madre fundadora, Madre Maria Bernadete, que hoje nós sepultamos, recebeu de Deus como graça e dom do Espírito Santo esse carisma, para imolar e oferecer a sua vida em favor dos sacerdotes, “por eles eu me consagro”, com esta frase de oração sacerdotal de Jesus. E nesse carisma, tem um carisma da igreja, colocado a serviço da igreja, de modo especial em favor dos sacerdotes, dos ministros ordenados, que trabalham no serviço de evangelização, oferecendo sacrifícios, orações e a própria vida, para que eles possam cumprir com fidelidade o chamado do Senhor. Por isso, nós agradecemos a Deus pela vida da Madre Bernadete, pelo carisma, que através dela Ele concedeu à igreja, e pelo dom na vida de nossa Arquidiocese de Niterói, pois também somos beneficiados com esse carisma e com o trabalho das irmãs que, como discípulas de Madre Maria Bernadete também querem seguir Jesus, e fazer da vida um dom de amor em favor dos sacerdotes. Este momento é de despedida, mas ao mesmo tempo de muita gratidão ao Senhor, pela vida e pelo presente que Madre Maria Bernadete foi, não só para o Instituto, mas para a vida da igreja. É um grande dom de um instituto, ter a sua fundadora centenária, ela que faleceu com 101 anos, o que é uma coisa rara, e de poder estar convivendo com ela até esses últimos dias. Então, que Deus lhe dê a recompensa eterna e também o conforto para as irmãs, que sofrem com a partida, mas que agora têm a responsabilidade de viver ainda mais esse compromisso, o Carisma que ela procurou difundir como graça e Dom do espírito em sua vida”.
Por João Dias/diácono Nélio do Amparo
Fotos: Ederci Borges/diácono Nélio do Amparo