Livro sobre a violência contra a mulher será lançado em Campos
O livro Violência doméstica e familiar contra a mulher – Um problema de toda a sociedade será lançado no dia 9 de setembro, às 19h no debate Violência contra a mulher e Feminicídio que acontece no Auditório Padre Gabriel do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O debate será coordenado pela Advogada e Socióloga Sana Gimenes que vai traçar um painel do problema social e vai ter ainda a participação das jovens universitárias Sabrina Costa e Lívia Pereira. A obra que traz vários pontos de vista sobre o assunto e se torna relevante devido ao aumento de casos de agressão e feminicídio é uma publicação da Paulinas Editora em parceria com Instituto Patrícia Galvão e traz artigos dos autores: Carla Charbel Stephanini, Padre Cleiton Viana, Denice Santiago,Flávia Dias, Guilherme Nascimento, Helena Bertho, Laina Crisóstomo, Luanna Tomaz, Marisa Chaves, Marisa Sanematsu, Nílvya Cidade, Rosana Leite, Sérgio Flávio Barbosa, Silvia Chakian, Tai Loschi e Padre Zezinho.
A obra traz uma apresentação da Maria da Penha Maia Fernandes Os artigos foram escritos por especialistas de diversas áreas que, a partir de sua experiência, buscam informar e orientar sobre como reconhecer um caso de violência doméstica e o que fazer, contando com a ajuda de pessoas próximas e o apoio de organizações não governamentais e órgãos públicos.
O enfrentamento do problema da violência contra a mulher é urgente, complexo e requer o envolvimento de toda a sociedade. É opinião unânime que somente com informação, educação, denúncia e acolhimento será possível implementar mudanças que garantam relações de verdadeira parceria e o direito a uma vida plena.
O livro destaca as providências e as medidas judiciais que podem ser tomadas no caso de uma relação violenta, como funcionam as medidas protetivas, quais os recursos disponíveis para acolher e oferecer assistência à mulher que sofre violência e como funcionam os grupos reflexivos para autores de violência doméstica. Os homens são convidados a perceber que, mesmo não sendo autores de agressão, vivem numa sociedade machista e podem colaborar mudando de atitude e promovendo mudanças em seu entorno.
A jornalista Marisa Sanematsu, do Instituto Patrícia Galvão, mostra com dados e argumentos irrefutáveis Por que precisamos falar sobre violência contra a mulher e traça um perfil do agressor que apresenta um comportamento violento em casa, mas nos demais ambientes nunca reproduz o mesmo comportamento.
– O agressor em geral, é o chamado cidadão de bem, pai de família e trabalhador, que não é violento na rua, nem com o chefe ou os colegas no serviço, mas apenas dentro de casa, onde é capaz de agredir de forma cotidiana a mulher, os filhos, a sogra ou a irmã. A violência domestica não poupa nem as mulheres grávidas e, quando ocorre nesse período afeta não apenas a gestante, mas também o feto que pode ter sua gestação interrompida ou apresentar menor crescimento e nascer prematuro. – destaca a jornalista.
Texto: Ricardo Gomes (Comunicação Diocese de Campos)