Semana Santa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida marcada com a expressão de fé do grande público de fiéis

Texto e fotos: Maria Oliveira (Pascom Nossa Senhora Aparecida –  Parque Lebret)

A Semana Santa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Parque Lebret, teve uma vasta programação e movimentou diversos fiéis para viverem o tempo de recolhimento, interiorização e manifestação de fé. Santas Missas, celebração da Palavra, teatro, vigília e procissão fizeram parte da programação que teve início no Domingo de Ramos e encerrou no Domingo da Ressurreição.

O pároco Carlos Augusto Duncan falou sobre este tempo Santo. “A igreja caminha segundo o ensinamento dado por Jesus, por essa razão, na Semana Santa somos convidados pela igreja, a viver um tempo novo de conversão, unindo-nos ao sofrimento de Cristo, através da nossa entrega a oração com jejuns e abstinências”, orientou.

A celebração de Domingo de Ramos teve início na capela Nossa Senhora da Conceição. Toda comunidade reunida caminhava em procissão com palmas nas mãos, cantando e louvando ao Senhor durante todo itinerários até a chegada a Paróquia N.Sra Aparecida. A Santa Missa aconteceu a Igreja lotada de fiéis devotos.

Pensando nesse tempo de entrega, na segunda-feira, foi realizada a missa dos Benfeitores para o Seminário Maria Imaculada. A celebração foi presidida pelo padre… e contou ainda com a participação de diversos seminaristas, além de toda igreja reunida.  Para ajudar ao Seminário, a Paróquia é responsável, todo ano, de doar farinha e ainda a arrecadação da coleta nesse dia.

Na terça-feira aconteceu a Procissão do Encontro. Nosso Senhor dos Passos saiu da capela de São Mateus e Nossa Senhora das Dores, da capela Nossa Senhora da Conceição.  Cada imagem saiu acompanhada dos fieis para se encontrarem em frente a Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Depois do momento de oração, prosseguiu a Santa Missa.

“Foi um momento de grande comoção e reflexão, pois nos unimos ao sofrimento de Jesus e Maria, que neste tempo nos motiva ainda mais a orar pelos nossos filhos, familiares e amigos”, disse paroquiana Maria da Conceição, 58 anos.

Na quinta-feira teve início ao Tríduo Pascal com a missa da Instituição da Eucaristia e do Rito de Lava-Pés. Membros das pastorais foram convidados para compor a representação dos 12 discípulos. Ao som da canção, “Jesus erguendo-se da ceia”, padre Carlos Augusto realizou o rito que remete ao episódio em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos na Última Ceia.

O coroinha mais novo do grupo, Gabriel Armando Souza, 7 anos, demonstrou seu entusiasmo e alegria ao integrar o 12 participantes. Segundo ele, era um desejo poder fazer parte desse momento junto ao sacerdote.

A Sexta-Feira Santa é o único dia do ano em que a igreja católica não realiza a Santa Missa. Nesse dia é marcado pela Celebração da Palavra com a distribuição da Eucaristia. Se inicia às 15h, sendo a hora da misericórdia, onde Cristo se entregou em sua Paixão e Morte na Cruz.

O ápice da celebração foi a adoração à Santa Cruz, símbolo da fé cristã. Adentrando esse momento, a Cruz percorreu o corredor central da igreja até o altar para ser adorado pelos fiéis.  Durante o  ato, em cada etapa que despia a cruz, o sacerdote Carlos Augusto entoava: “Eis o lenho da cruz no qual pendeu a salvação do mundo”. Toda igreja reunida cantava: “Vinde adoremos!”

A noite foi realizada a via sacra encenada. A iniciativa foi uma organização da juventude e membros das pastorais. A meditação deu início em frente a capela Nossa Senhora da Conceição e percorreu algumas ruas do bairro até a Paróquia. Durante o percurso, os fiéis paravam em frente algumas residências para meditarem as estações que mostravam o caminho de Cristo com a Cruz durante sua Paixão e Morte.

“Cada encenação que a gente vê é sempre uma reflexão um olhar mais profundo que a gente tem durante as meditações. Pude vivenciar em oração cada momento em que Cristo se entregava por amor a nós”, disse o cerimoniário Nicolas Oliveira.

O Sábado Santo é dedicado ao silêncio, oração e a esperança no Cristo. Neste dia também ocorre a Vigília Pascal. Liturgicamente é a missa de grande relevância pela fé católica contendo ricos símbolos e uma bela Liturgia. Todo fiel se une a Igreja para, solenemente, relembrar e viver a Páscoa do Senhor, ou seja, sua passagem da morte para a vida verdadeira. É o dia em que Cristo vence o pecado e a morte, ressuscitando ao terceiro dia.

A celebração do Sábado Santo teve início na parte externa da igreja em volta da fogueira que, após a benção, tem a chama acesa do Círio Pascal para adentrar o interior da igreja junto aos fiéis. Na oportunidade, durante a missa, o sacerdote  realizou ritos sacramentais: três pessoas a Primeira Eucaristia (Guilherme, Thayna e Roseli) e Laís Machado (8 anos) recebeu o Batismo.

Roseli Silva dos Santos Ribeiro (64 anos), ao receber a comunhão pela primeira vez, faltou de sua alegria. “Eu fiquei muito feliz com esse momento porque há tempo desejava muito participar da Ceia do Senhor. Um dia tomei a decisão e depois de um tempo de preparo, estou aqui, realizando um sonho”, contemplou.

O Domingo da Ressurreição é dia de alegria e festa. Ao presidir a Santa Missa dominical, o padre Carlos encorajou aos fiéis. “Hoje celebramos o Dia do Senhor. Parecia que tudo havia acabado, mas alegria, Cristo ressuscitou de corpo e alma. Hoje Ele convida a cada um de nós a viver esse tempo novo, pois já não somos mais escravos do pecado. Ao ressuscitar com Cristo agora, devemos buscar as coisas do alto. Aspirai as coisas celestes”, finalizou o sacerdote.