Revisitando as Histórias da Igreja Católica em Campos
As imagens revelam um tempo importante na História da Cidade de Campos dos Goytacazes. No Centro da cidade a Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador é um dos cartões postais da cidade e guarda momentos importantes da presença da igreja católica preparando para a criação da Diocese de Campos. Uma história construída ao longo dos tempos pela presença dos religiosos: Beneditinos desde 1648 e a construção de um legado de fé e de cultura.
Transcorria o ano de 1648, e neste ano era lavrada a Escritura de Repartição dos Curraes de Campos e foi feita doação aos monges já presentes na cidade do Rio de Janeiro. Vem para Campos, Frei Fernando de São Bento, monge que vem para o mosteiro carioca, procedente da Bahia. Reconhecido por sua capacidade administrativa passou a administrar as propriedades de Salvador Correa, exercendo as funções sacerdotais na terra campista. E foi o primeiro religioso a pisar a terra campista se instalando na Baixada Campista. Sucederam muitos outros que construíram um legado de fé e de cultura, impulsionando desde a educação até o incentivo a cultura. Podemos destacar a construção de fé e de devoção a Santo Amaro. Legado cultural e religioso que está preservado pelos moradores do Distrito de Santo Amaro.
A devoção a Santo Amaro foi implantada a partir da imagem que veio na bagagem dos religiosos. Hoje a imagem em terracota, provavelmente de autoria de Frei Agostinho de Jesus continua sendo reverenciada nas procissões que acontecem no dia 15 de janeiro.
Os séculos se passaram e os monges estão presentes por quase 4 séculos de evangelização e serviço a difusão da fé católica em toda a região. Um legado de fé e de cultura preservado pelos moradores do Distrito Campista. Desde a construção da capela primitiva no período de 1733-36 a devoção a Santo Amaro se expandiu por toda região e se espalhou por todo o Brasil. Séculos se passaram e no século XXI a cada ano aumenta o numero de devotos que visitam a igreja durante todo o ano e com maior intensidade nos meses de dezembro e janeiro.
Texto Ricardo Gomes
Fotos: Acervo Leonardo Vasconcelos