Ambientes eclesiais seguros e protegidos para menores

 

Ambientes eclesiais seguros e protegidos para menores

                     O recente Encontro sobre a proteção dos menores na Igreja, promovido em Roma, com a participação do Papa Francisco, abordou, de forma realista e preventiva, este desafio da proteção e cuidado dos menores.

                    Tendo três focos, ou eixos temáticos, que vão desde a responsabilidade pastoral, jurídica e canônica, vivenciando o cheiro das ovelhas feridas e assumindo a Igreja como um hospital de campanha, a necessária accountability (controle e prestação de contas à sociedade), e refletindo a transparência com procedimentos comunicativos mais ágeis e que envolvam a toda comunidade eclesial.

                      Quer se colocar em ação a sinolidade e comunhão que leva a corresponsabilidade, envolvendo a todas as instâncias e atores, construindo ambientes seguros e protegidos para os menores. Já o documento que apresentou a nova ratio (razão de estudos para a formação presbiteral) introduziu, com propriedade, entre os critérios finais, a temática da proteção dos menores, exigindo uma comissão presidida pelo Bispo e com a inclusão do Reitor do Seminário e outros formadores.

                     Este último Encontro Romano trás propostas mais abrangentes e concretas: Um Motu Proprio (instrução papal sobre o tema, contendo diretrizes, um Vade mecum da Congregação da Doutrina da Fé sobre normas jurídicas procedimentais explicitando os deveres e funções dos bispos nestes delitos, e a formação de forças tarefas [equipes de trabalho interdisciplinares]) a serviço das Conferências Episcopais e Dioceses.

                    Ainda, a subsecretária para a sessão dos leigos e professora de Direito Processual Canônico, a Dra. Linda Ghisoni, palestrante do Encontro, indicou como caminho de realização das propostas a formação de uma Comissão Diocesana presidida pelo Bispo da Igreja Particular, com a presença e integração de especialistas e lideranças leigas.

                    Como podemos apreciar, a Igreja está mobilizada como um todo para dar uma resposta efetiva, promovendo uma pastoral do cuidado responsável do menor e colocando-se inequivocamente ao lado das vítimas. Deus seja louvado!

+Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

Bispo Diocesano de Campos

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