As desigualdades sociais na Pandemia do Coronavirus

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

A Pandemia de Covid 19 acelerou o processo de desigualdades sociais e a possibilitado ao atendimento igualitário e o acesso ao sistema de saúde. As possibilidades de tratamento médico privilegiam os que possuem recursos de usar hospitais privados e os pobres que somente conseguem tratamento nos hospitais populares que dispõem de poucos recursos, desde a falta de leitos nas Unidades de Tratamento Intensivo. A carência de medicamentos e a contratação de profissionais.

– Não é a mesma coisa de estar num hospital privado com todas as possibilidades de recursos com medicação mais cara e efetiva e as disponibilizadas em hospitais de campanha, que sequer ainda foram construídos e o atendimento nos hospitais populares com as Unidades de Tratamento Intensivo sempre saturadas e trabalhando com numero reduzido de pessoal e em relação aos recursos médico e sanitário e no diagnostico maus rápido e a testagem.

Para Dom Roberto Francisco a questão do distanciamento e isolamento social as desigualdades denotam as desigualdades. Ficar em casa para quem tem mais recursos e fazer esse distanciamento social em logradouros com poucas casas não e a realidade de pessoas que moram em locais com residências com poucos recursos. Um ajuda a recuperação e o outro facilita a proliferação do vírus.

– Fazer distanciamento num bairro nobre onde existem poucas casas com uma distancia entre as residências e com jardins,, proteção, segurança e fazê-la onde as casas estão uma em cima da outra com poucos quartos e poucos arejado e muitas vezes 10 pessoas num quartinho só. É um espaço bem diferenciado. Um ajuda na recuperação e outro multiplica a possibilidade de contagio. Não é distanciamento social porque não conseguem fazer. Em vertas comunidades o tipo de arquitetura que prevalece é uma casa precária, muitas vezes sem saneamento básico, sem chão de cimento ou madeira e diretamente o chão de terra. Como podemos pensar que a Pandemia nivelou. – disse.

E ressalta o fato da alimentação que não podem ir a um supermercado de carro pedir o que quiserem e ser prontamente atendido e pensando na possibilidade dos óbitos a desigualdade se revela.

– Uma coisa é ser sepultada a desigualdade se observa. Uma coisa é ser enterrado diretamente em uma cova comum e as pessoas que tem recursos terão um enterro mais digno. Não quero extremar que há uma comum de dor e de sofrimento, mas não é verdade. E concluo refletindo da falta de políticas de proteção para os pobres, não toquei nos setores mais privados de direitos que são os sem teto, as populações em situação de rua, os ribeirinhos, os pescadores e pessoas que não tem nenhuma atividade e apresentam dificuldades imensas para receber o beneficio emergencial de R$ 600,00 destinados aos trabalhadores informais documentados. O papel de um estado de direito de uma economia que possa garantir trabalho digno para todos e uma renda mínima para todas as famílias. Lamentavelmente a Pandemia vai ceifar ainda muitas vidas  – conclui Dom Roberto.

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