Dom Orani: em tempo de pandemia a preocupação com os pobres
Silvonei José – Cidade do Vaticano
Em virtude do coronavírus o estado do Rio de Janeiro vive em situação de emergência. A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, respeitando as orientações das autoridades e civis para evitar e combater a disseminação do novo coronavírus, também, seguindo as determinações das autoridades, desde março comunicou que os fiéis estão desobrigados de participarem das missas dominicais e dias de preceito, até que seja ordenado o contrário.
O Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, ressaltou que apesar dos fiéis estarem desobrigados de participarem das missas dominicais e dias de preceito, as celebrações não foram suspensas. Recomenda-se que fiéis acompanhem as celebrações pela TV, rádio e outras formas de transmissão.
Falando à Rádio Vaticano – Vatican News, o cardeal Tempesta recordou que no Rio de Janeiro, como em muitos outros lugares do mundo, “estamos vivendo este momento de pandemia, em que tantas pessoas são contaminadas, muitas pessoas morrem a cada dia, além do isolamento social sem poder sair de casa. Estamos no Brasil, no Rio de Janeiro, no auge da contaminação”, disse.
A Igreja está muito presente junto às pessoas, continuou dom Orani. A celebrações de missas acontecem nas paróquias, porém sem a presença do povo. Mas com as transmissões nos meios de comunicação e redes sociais os fiéis têm a oportunidade de seguir as celebrações, que são muito seguidas.
Além disso há uma grande preocupação dos sacerdotes de acompanharem os fiéis, telefonando para eles, entrando em contato através da mídia digital, enfim de ter uma presença, de estar próximo. Há uma preocupação de continuar a orientação espiritual e as celebrações litúrgicas, mesmo sem a presença física dos fiéis, mas com uma grande comunhão, uma grande unidade.
Ao mesmo tempo, disse o cardeal Tempesta – temos uma preocupação com os pobres e necessitados. Está aumentando o número de pessoas em situação de rua e de pessoas necessitadas nas suas casas, nas suas comunidades. “Também tem aumentada a colaboração para que possamos distribuir cesta-básica, lanches, quentinhas para as pessoas que necessitam. Há uma rede de pessoas benfeitoras”, afirmou.