Ética e a arte de dialogar

A vida é um diálogo permanente” (Ciriaco Izquierdo Moreno). 

Quanto mais verdadeiro for o diálogo, mais positiva e fecunda e ética se tornará a comunicação; quanto mais transparente for a comunicação, mais se tornará construtivo, fecundo e empático o diálogo.

Padre Gabriel Guarnieri – Missionário Xaveriano

O diálogo acontece de forma autêntica quando; vamos ao encontro dos outros com alegria e tranquilidade e entusiasmo; admitimos aquilo que somos e queremos ser; deixamos – nos ajudar com humildade e com sabedoria; formos coerentes, transparentes e simples; aceitamos as pessoas sem preconceitos e exclusões prévias; respeitamos  o ‘momento’ em que os outros se encontram; nos desprendemos de nossas certezas absolutas e convicções definitivas; encaramos com bom humor os próprios erros, limitações e equívocos; acreditamos que a alegria, o bom senso, o otimismo, a calma, a tolerância são ingredientes saudáveis na arte do diálogo e da comunicação; temos força e a prudência de dar tempo ao tempo; praticamos o silêncio ativo um remédio que facilita o entendimento, suscita esclarecimento e gera empatia entre as pessoas.                                                                                                                                             

Dialogar se torna uma arte e um aprendizado quando: facilita a escuta e a proposta das reciprocas visões de mundo, busca convergências e constrói uma história cada vez mais compartilhada; procura a comunhão; cultiva a capacidade de contato humano e de abertura; reforça a expressão  de valores como a participação, o consenso social, a igual dignidade das pessoas; entra numa lógica positiva de fraternidade e de respeito para com todas pessoas.                                                                                                                                 

O diálogo amistoso, ético e fecundo abre caminhos para uma nova humanidade; promove a liberdade e a dignidade das pessoas; estimula a colaboração para o bem comum; contribui para superar a violência; educa para a paz; transforma os relacionamento na sociedade; abre ao conhecimento recíproco e ao respeito; manifesta a dimensão intelectual que, por sua vez, abre para a verdade, capacita para o discernimento, o juízo crítico, a acolhida da realidade e da cultura.                                                                                                               

Dialogar é ter a capacidade de não forçar os outros a concordarem com a nossa dialética e com as nossas ideias. Conversam agradáveis entre as pessoas criam amizades e enriquecimento mútuo. 

Um sábio monge na Itália, meu amigo de longa data, apresenta o alicerce da arte para um diálogo ético e fundamental: “O diálogo sempre nos faz viver e nos faz crescer; acontece fora de nós e principalmente dentro de nós. É o diálogo interno; e seria conveniente e bem oportuno que toda pessoa que quer e ama dialogar com os outros aprenda, em primeiro lugar e sempre, a manter um diálogo constante e sincero consigo mesmo”.

Fonte: Revista Mundo e Missão

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