Fazer a Páscoa em tempos de Pandemia é vivenciar as transformações da Ressurreição de Cristo

Em seu artigo “Fazer a Páscoa em tempos de Pandemia”, o bispo de Campos (RJ) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Francisco Ferreria Paz, diz que expressão “fazer a Páscoa” é mais abrangente que a celebração ritual, ou litúrgica, da principal solenidade dos cristãos.

O bispo afirma que essa ação “implica vivenciá-la e testemunhar as transformações desta passagem, deste glorioso acontecimento, que nos renova e nos recria, que é a Ressurreição de Cristo”, diz.

Em um olhar mais litúrgico, dom Roberto salienta que por isso, não basta, apenas, assistir a um culto festivo, ou mesmo acompanhá-lo com unção, mas trata-se de um verdadeiro encontro com o ressuscitado que quer fazer acontecer a Páscoa na nossa vida e na história que se torna iluminada e transformada com a força e esplendor de uma vida plena e resgatada.

Dom Roberto admite que a Páscoa não pode ficar confinada num templo, nem apenas numa comunidade eclesial, pois ela gera na humanidade e no universo inteiro uma Nova Criação.

 “Todos os relacionamentos, estruturas e formas de convivência e organização são tocados profundamente pela alegria desta notícia, a morte não tem a última palavra e não manda mais em nós. A ressurreição é o Dia que o Senhor fez para nós e um caminho aberto para a transformação de todas as coisas, fazendo nascer uma nova humanidade”, considera.

E continua “estamos, nestes dias, como os apóstolos, trancados e confinados no cenáculo após a morte do crucificado, hoje com o medo da pandemia, o que é certo para cuidar e preservar nossa vida e a de todos. No entanto, a Páscoa de Jesus e a irrupção e a presença do Ressuscitado entre nós, faz surgir uma nova perspectiva para viver, servir e amar”, diz.

Para uma melhor vivência desse momento litúrgico de fazer a páscoa em tempos de Pandemia “É deixar-se contagiar e transfigurar pela luz da ressurreição, gerando novos sentidos de comunhão, de partilha e convivialidade entre as pessoas e a própria terra e todas as criaturas, para que todas as epidemias sejam superadas, em especial a do egoísmo, do ódio e da indiferença. Deus seja louvado!”, finalizou.

Fonte: CNBB

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