Finados: clérigos visitam jazigo de sacerdotes que já exerceram o ministério na Paróquia São Gonçalo
Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)
Neste sábado (02/11), a Paróquia São Gonçalo promoveu a celebração da Santa Missa em sufrágio dos Fiéis Defuntos, na Igreja São Benedito, que fica ao lado do Cemitério São Benedito e próximo ao Cemitério Público. A Missa foi presidida pelo pároco Pe Fabiano Goulart, contou com a participação dos diáconos Leandro Lúcio e Júlio Oliveira. Após a celebração eles visitaram o cemitério, que recebe um grande fluxo de pessoas que frequentam para um momento de oração. Um dos locais visitados foi o jazigo paroquial, no Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora das Dores, onde estão os restos mortais de Monsenhor Capelini e Monsenhor Jorge Von Letto, que já exerceram o ofício de párocos na São Gonçalo.
Monsenhor Jorge von Letto foi um padre alemão que desempenhou um papel significativo na comunidade. Ele nasceu em Altwasser, na Alemanha, e demonstrou desde cedo interesse pela vida religiosa. A decisão de se tornar padre o levou a buscar educação e formação religiosa, possivelmente tendo alguma ligação com a Abadia de Weingarten, na região de Baden-Württemberg. No mesmo túmulo está sepultado o Monsenhor Cappelini, outro padre estrangeiro de nacionalidade italiana que serviu à comunidade antes de Monsenhor Jorge.
O pesquisador Diogo Monteiro tem realizado um trabalho de resgate da história da Paróquia São Gonçalo, dentre os trabalhos com maior fonte de dados está a vida de Monsenhor Jorge Von Letto. “Como pesquisador e artista, é um privilégio poder colaborar no resgate da memória de figuras tão significativas como Monsenhor Jorge Von Letto e Monsenhor Capelini. Esses padres, que vieram de terras distantes dedicaram suas vidas à comunidade local, deixando marcas profundas de fé e devoção. Diferente de muitos outros que ali estão com suas famílias, eles repousam longe de suas terras natais, em um local que se tornou sua segunda casa por amor à missão”, declarou Diogo.
Ainda segundo o pesquisador, reavivar a memória dos religiosos foi uma maneira de honrar não só as trajetórias, mas também a história de todos que contribuíram para a construção de nossa fé. “Ao recordar e preservar esses legados mantemos viva a inspiração que eles trouxeram e que continua a guiar nossa comunidade”, finalizou o pesquisador.