Pandemia: as preces de uma criança

No Domingo de Ramos e com as igrejas no Estado de São Paulo sem as celebrações com a presença de fiéis o coroinha Daniel Braga Godinho, 10 anos fala da tristeza de não estar nas celebrações da Paróquia São João Batista na cidade de São Roque, mas reza pelo fim da Pandemia e em casa com a avó pede a Nossa Senhora que ajude a superar este tempo de medo e incerteza que já causou tantas mortes.

Ricardo Gomes – Jornalista

Num momento de tantas mortes e com aumento dos casos de pessoas infectadas pelo Covid 19, as preces do pequeno Daniel Braga Godinho, 10 anos, coroinha na Paróquia São João Batista, São Roque (SP). No Domingo de Ramos o menino com a sua avó Jesuína Rodrigues Pardinho reza pedindo a Nossa Senhora para cuidar de sua família e para receber as pessoas que morrerem vítimas deste vírus.

“Daniel é um sinal de esperança neste tempo de Pandemia.” – Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos -RJ

Um exemplo de fé

Daniel é um exemplo de fé para a comunidade paroquial. Desde os 6 anos que se tornou coroinha e já demonstra amor pelo serviço ao altar e neste tempo de Pandemia não está servindo nas missas por orientação da igreja para cuidar da saúde dos menores. E desde os 3 anos de idade já rezava a oração do Anjo da Guarda.

– Meu filho desde os 3 anos de idade já rezava a Nossa Senhora e quando recebemos o oratório da Mãe e Rainha já mostrava a confiança. Em casa é muito carinhoso com minha mãe e rezam juntos pelo Papa, pela Igreja e agora pelo fim da Pandemia. – disse a mãe Cristiane Braga.

Nas Redes Sociais Daniel é o pequeno evangelizador e demonstra confiança de que esse tempo de Pandemia vai passar e sonha em poder voltar a servir nas missas. E um exemplo de um pequeno e grande missionário que com seu exemplo faz despertar muitas pessoas para a fé.

A oração na família

Daniel nasceu numa família que desde cedo ensinou o valor da oração e de ter confiança em Deus e em Nossa Senhora. Com a Pandemia teve de suspender as aulas realizadas de forma virtual. As missas realizadas somente pelas redes sociais. Junto da avó Jesuína Rodrigues Pardinho e da mãe Cristiane Braga fala da saudade do convívio com outras crianças, mas demonstra a confiança no fim deste momento marcado por mortes e muito sofrimento.

– Na verdade, no coraçãozinho dele sonha tanto que essa situação mude, que esse vírus vá embora e possa voltar a rotina dele. É difícil tudo mudou, não vai para escola, não tem contato com as outras crianças, aqui em casa só eu e a avó, não tem mais como ir para a igreja. Ele desde pequeno vai para a igreja e de repente isso foi tirado de uma forma tão brusca e repentina e isso é difícil imaginar para uma criança tão pequena. – relata a mãe.

Educado na fé e valores

“E sabe oque eu penso, e tento passar pra ele que tudo isso que estamos passando é pra no futuro possamos melhorar como pessoas…sermos melhores como pessoas mesmo, dar valor oque realmente importa…” Cristiane Braga

Cristiane destaca a alegria de poder passar para o filho a importância de cultivar valores, sempre educado e possa crescer um cidadão que respeite as pessoas, e confie em Deus. E percebe algumas criticas por estar sempre na igreja.

– Tenho até parentes que falam, nosso esse menino na igreja sempre e tão cedo, coitado…eu falo não, que benção esse menino tão cedo na igreja… porque ele vai crescer com valores. Eu sempre falo pro Dani, não se apegue a dinheiro, dinheiro é bom pra nossas necessidades, mas não é tudo, se apegue a sua fé, Deus, seja um bom menino, nunca bata em mulher, nunca, nunca minta, não faça os outros sofrerem, não faça com os outros oque você não quer que façam com você.  E sabe oque eu penso, e tento passar pra ele que tudo isso que estamos passando é pra no futuro possamos melhorar como pessoas…sermos melhores como pessoas mesmo, dar valor oque realmente importa…– disse Cristiane.

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