Pastoral da Sobriedade e as dependências das tecnologias que afetam jovens
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
Desde o surgimento na Igreja a Pastoral da Sobriedade em tempo de Pandemia assume a missão de libertar em especial os jovens dos vícios. A proposta original é o problema das drogas. Dom Fernando Áreas Rifam destaca as palavras inspiradoras do Papa São João Paulo II em 1984 que revela ser a droga é um mal que não se deve dar trégua. Surge essa Pastoral que segundo o bispo tem feito um grande bem a sociedade como uma resposta da igreja a esse problema social da dependência química para a prevenção a recuperação.
– Essa Pastoral tem feito um grande bem aqui no Brasil. Usa nas terapias de grupo os Sacramentos da Igreja, usando a força e a graça de Deus e neste tempo de Pandemia assume a dimensão de ajudar as pessoas se recuperarem da depressão nesse confinamento e para dar força e coragem para sempre fazermos o bem nesse tempo. – destaca Dom Fernando Rifan.
O Papa São João Paulo II exortou a toda a Igreja e o dever de na sociedade ser fermento evangélico, está e continuará sempre junto dos que enfrentam com responsável dedicação a praga social da droga e do alcoolismo, para encorajá-los e sustentá-los com a palavra e a graça de Cristo e conclui ressaltando que em nome de Cristo, propõe como resposta e como alternativa a Terapia do Amor.
São João Paulo II convoca a todos para, através do esforço conjunto, cada qual segundo sua responsabilidade, formar uma sociedade nova, com o rosto do homem e a educação para ser homem, nutrindo-se de valores autênticos e, em especial, de valores espirituais sólidos.Na origem do abuso do álcool e no uso das drogas há normalmente um vazio existencial provocado pela ausência de valores e da autoconfiança. As dificuldades que as famílias encontram para sair dessa situação de dependência são agravadas pela sensação de desespero quando dependentes e familiares se sentem desassistidos e desprotegidos, por isso são induzidos a um comportamento de resignação e submissão. Aos atingidos por esta provação o Papa João Paulo II se solidariza com grande afeto, estimulando, famílias e dependentes, a reagir contra esse sentimento de abandono e à tentação do desânimo, conclamando
– A luta contra o flagelo da toxicomania é a problemática de todos os homens, cada qual segundo a responsabilidade que lhe compete. Exorto em primeiro lugar os casais a desenvolverem relacionamentos conjugais e familiares estáveis, fundamentados sobre um amor único, duradouro e fiel. Assim, hão-de criar melhores condições para uma vida serena no próprio lar, oferecendo aos seus filhos a segurança afetiva e a confiança em si mesmos, das quais têm necessidade para o seu crescimento espiritual e psicológico. É também importante que os pais, que têm a responsabilidade primordial no que concerne aos seus filhos e, juntamente com esses, o conjunto da comunidade adulta tenham o cuidado constante da educação da juventude. Portanto, convido todos aqueles que desempenham um papel educativo a intensificarem os seus esforços a favor dos jovens, que têm necessidade de formar a própria consciência, desenvolver a sua vida interior e entretecer com os seus irmãos relacionamentos positivos e um diálogo construtivo; eles ajudá-los-ão a tornarem-se os fautores livres e responsáveis da sua própria existência. Os jovens que possuem uma personalidade estruturada, uma sólida formação humana e moral, vivendo relações harmoniosas e confiantes com os seus coetâneos e com os adultos, serão mais capazes de resistir às tentações de quem difunde a droga. – destaca São João Paulo II no Encontro com os participantes do Colóquio Internacional sobre Toxicomania promovido pelo Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde (11 de Outubro de 1997).
Além da dependência química que tem feito um grande mal as famílias gerando problemas sociais, violência domestica, o momento o Coordenador da Pastoral na Diocese de Campos, Adailton Conceição da Silva destaca os preconceitos que persistem de ser um serviço destinado aos usuários de drogas e revela que no momento atual de isolamento social as dependências da tecnologia são também alvo da Pastoral que procura ajudar as pessoas a viver uma vida saudável. No momento a ação da pastoral se restringe ao debate de temas de relevância social através das redes sociais. Uma das tendências desse tempo de isolamento e o cuidado ao combate a depressão que atinge os jovens em isolamento social.
– A dependência tecnológica é muito séria e precisamos estar atentos conosco mesmo e com os nossos filhos, parentes e conhecidos. Orientando sempre para os riscos de pessoas estranhas entrar em contato com nossos filhos, sempre orientando e fiscalizando para saber com quem estão falando. A busca pela sobriedade requer esforço, vigiai e orai para não cair em tentação, precisamos estar em estado de alerta o tempo todo buscando a santidade para termos uma vida de acordo com a vontade de Deus, lutando contra nossos vícios e pecados. – pontua Adailton.