Arquidiocese de Feira de Santana criou paróquia destinada a comunidades quilombolas
A Arquidiocese de Feira de Santana, no linear dos seus 60 anos de criação, urge pela criação de novas paróquias e deseja ampliar sua presença de evangelização, fazendo escolhas claras e específicas, principalmente em situações e locais de maior necessidade, entre os quais, nos contextos onde povos e grupos humanos lutam para ter sua identidade e seus direitos respeitados e valorizados.
Feira de Santana é um local de grande presença de Afrodescendentes. O Distrito de Matinha é reconhecido como Comunidade Tradicional (Quilombola) desde 2014, sendo a segunda comunidade do município que recebeu o certificado. A primeira delas foi Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria.
A criação de uma nova paróquia é sempre uma preocupação de cuidado pastoral e sacramental de uma porção do povo de Deus, após ouvir lideranças, representações de grupos locais e constatar uma real necessidade.
No caso concreto do Distrito de Matinha, com comunidades Quilombolas reconhecidas, ou com identidade de remanescentes de quilombos, além de ser comunidade rural, este cuidado pastoral adquire características próprias, tais como: o acompanhamento das suas iniciativas existentes, a promoção da sua riqueza cultural e o apoio em suas lutas por dignidade, inserção e conquista dos seus direitos, sempre norteados à luz do Evangelho e pautados pelo Magistério da Igreja.
A Arquidiocese de Feira de Santana, atenta ao crescimento populacional da Paróquia de São José das Itapororocas – Maria Quitéria, com suas várias comunidades, muitas delas localizadas na zona rural, bem como os inúmeros condomínios, desafios pastorais e urgências inerentes à diversidade de carismas, apelos sociais e religiosos e, sobretudo, por uma igreja missionária, vê a possibilidade da criação da Paróquia de São Roque – Matinha, desmembrando-a do território da Paróquia de São José das Itapororocas, integrando e criando novas comunidades.