“A Igreja não é o templo, mas são as pessoas. A Igreja não parou e nem fechou, mas está viva”, afirma Dom Roberto na Missa de Domingo de Ramos

O bispo diocesano de Campos Dom Roberto Francisco celebrou, na manhã deste domingo (05/04), a Santa Missa do Domingo de Ramos, na Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador, no Centro de Campos. A celebração contou com a participação do vigário-geral e pároco da Catedral Monsenhor Leandro Diniz e do vigário-paroquial e reitor do Santuário Eucarístico de Adoração, Pe. João Paulo. A celebração marca o início da Semana Santa, que este ano terá uma realidade diferente, como enfatizou Dom Roberto durante a homilia, sem a presença dos fiéis. “O momento que estamos vivendo exige muito mais fibra do cristão, de uma situação desafiadora. A semana deve ser muito vivenciada, no tempo doméstico, nas casas, nos hospitais, vivenciada nos leitos. Todos aqueles que estão em uma situação preocupante”, afirmou Dom Roberto.

Segundo Dom Roberto, a quarentena que o coronavírus impõe retrata uma situação para a vida do cristão, a humildade. “A vivência do lar, nós tínhamos esquecido. O próprio Jesus na ceia fez em um ambiente familiar. Nos esquecemos que Igreja, não é esse templo maravilhoso que estamos aqui, mas são as pessoas. A Igreja é a família, o povo de Deus. Isso que tem que nascer nesta Semana Santa. A Igreja não parou e nem fechou, mas está viva”, declarou o bispo de Campos. A Santa Missa foi transmitida pelas redes sociais da Diocese de Campos, este ano contou com um recurso que é a transmissão com acessibilidade aos surdos, com a intérprete Haila Lopes, da Pastoral  dos Surdos.

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Esse povo, há poucos dias, tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia e estava maravilhado, pois tinha a certeza de que esse era o Messias anunciado pelos profetas, mas, esse mesmo povo tinha se enganado com tipo de Messias que Cristo era. Pensava que, fosse um Messias político, libertador social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.

Texto e fotos: Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

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