A Evangelização pelas redes sociais
Nossa Igreja Católica nunca usou tanto as redes sociais para cumprir seu múnus evangelizador de transmitir a Palavra de Deus, sobretudo quando as celebrações são sem a presença dos fiéis, como neste tempo do Covid-19. Graças a Deus temos obtido resultados. Ainda há os que temem uma acomodação por parte dos fiéis internautas que, com o fim desta pandemia continuarão em casa e deixarão de se fazerem presentes na Igreja. Não tenho esta perspectiva, pois muitos são os que choram (em casa) por não poderem estar fisicamente em nossas Igrejas e centros de formação.
Por redes sociais podemos entender ser um espaço virtual que conecta pessoas, grupos ou empresas com o objetivo de se comunicarem, onde a distância e o tempo não são mais obstáculos quanto à chegada da mensagem ao receptor.
Acerca de sete anos, o Papa Emérito BENTO XVI, aos 12 de dezembro de 2012, usou o Twitter @pontifex pela primeira vez e escreveu: “Queridos amigos, é com alegria que entro em contato com vocês pelo twitter”. O Papa Francisco, por ocasião do Dia Mundial das comunicações sociais em 2014, alertou: “Não basta circular pelas ‘estradas’ digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos amar e ser amados. Precisamos de ternura”. Em várias ocasiões, nosso querido Papa Francisco deu a entender que as redes sociais vêm a ser um lugar onde se pode encontrar a beleza da fé.
Deste modo, as redes sociais são um excelente instrumento da evangelização pela pregação da Palavra de Deus, da fé e da doutrina. No entanto, nunca irão substituir o encontro verdadeiro, o encontro físico, a experiência que temos da qahal (termo hebraico) ou Ekklesia (termo grego) que define a assembleia reunida e formada pelos que creem em Deus.
Não nos preocupemos se a partir do atual contexto passarmos a fazer mais uso das redes sociais para anunciar a Boa Nova, o que é muito positivo. Um pequeno rebanho se dedica com muita alegria para alimentar e suprir a sede da grande maioria que ansiosamente aguarda nossas transmissões e compartilha-as com seus contatos.
Tranquiliza-me que, para receber os sacramentos, nossa riqueza espiritual, impossível o fazer on-line. Assim, para batizar, confessar, comungar sacramentalmente, crismar, casar, ordenar e receber a unção dos enfermos continua necessário a presença do fiel a receber e do ministro para conferir tais sacramentos. Em se tratando da administração dos sacramentos, o espaço virtual é inviável. Ainda que o Augustíssimo Sacramento da Eucaristia possa ser recebido espiritualmente e só este, enquanto os demais não o são. Para recebê-los teremos que estar no espaço e no tempo real.
Nem em outras décadas nos aproximamos das redes sociais para evangelizar como agora. Porém, do anúncio de Jesus aos fiéis internautas, nosso ardente desejo é que conheçam e se aproximem dos sacramentos. Façamos bom uso das redes sociais para não nos tornarmos tíbios. Compartilhemos mensagens de esperança e alegria como exortou São Paulo:“11. Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. 12.Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que arduamente trabalham entre vós para dirigir-vos no Senhor e vos admoestar. 13.Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a paz entre vós. 14.Pedimo-vos, porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência para com todos.18. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. 19.Não extingais o Espírito.”, cf. I Ts 5, 11-14;18-19.
Autor: Pe. Marcos Paulo Pinalli da Costa, sacerdote pertencente ao clero da Diocese de Campos-RJ.
Deus na frente sempre
Deus Seja Louvado!
Excelente explicação, não nos acomodaremos.
Parabéns Pe. Pinalli. Muito boa esta sua catequese sobre Evangelização e a própria msgs d evangelização, em texto. Deus abençoe seu rebanho e todo seu pastoreio, para o Reino d Deus. Eu gostei e aprendi muito.
Como sempre, padre Pinalli, nos ensinando a sermos bons católicos e seguidores dos ensinamentos de nossa Igreja