Dom Roberto Francisco fala das transferências na Diocese de Campos

“E é muito bom que o povo entenda, e que nós entendamos também, que somos aqueles que de alguma forma protagonizam as transferências, que uma transferência não é prêmio nem castigo”, declara Dom Roberto.

Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

A Diocese de Campos começa a partir deste mês de novembro com mudanças em três paróquias dos municípios de São Fidélis, Cambuci e Santo Antônio de Pádua. O Pe. Gilmar dos Prazeres deixa a Paróquia São Fidélis de Sigmaringa, após um período de 10 meses de pastoreio, e segue para uma nova missão na Paróquia Santo Antônio, no Centro do município de Santo Antônio de Pádua. O Pe. Paulo Henriques, que atualmente está na paróquia, foi transferido para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Cambuci. Já o Pe. Gilberto Araújo, que exerce o pastoreio em Cambuci, vai para a Paróquia de São Fidélis.

O Bispo Diocesano de Campos Dom Roberto Francisco, não há párocos colados, com o Concílio Vaticano II, as transferências se voltaram a um processo normal, que visa dinamizar as pastorais paroquiais. “Mesmo sendo um padre excelente, ele se acostuma. E o bom é que ele conhece todas as realidades, uma vez que o presbitério não é responsável por uma ou duas. É responsável por todas as paróquias, a solicitude pastoral é para com todas. E é muito bom que o povo entenda, e que nós entendamos também, que somos aqueles que de alguma forma protagonizam as transferências, que uma transferência não é prêmio nem castigo. Uma vez que nenhuma paróquia é um presídio, ou um lugar de expiação. Pensar assim suporia que há paróquias que estão no nível superior às outras. E que a gente vê que todas as comunidades eclesiais têm a mesma dignidade”, afirmou Dom Roberto.

De acordo com o Bispo as paróquias, reitorias e quase-paróquias são comunidades adultas e missionárias. Para Dom Roberto, o que importa é que a paróquia não é uma ilha da diocese, ou célula autônoma, mas é parte do povo de Deus que caminha conjuntamente.

“Então, se o pároco vai para outra paróquia, é a mesma Diocese, é o mesmo povo de Deus. E nos alegramos por isso, porque todos estão construindo essa Igreja povo de Deus dedicada à missão, evangelizar e ser servidora do mundo inteiro, especialmente para os pobres, para os sofredores, para aqueles que precisam desse anúncio em primeira mão do Senhor Jesus que veio para, não os que estão com saúde, mas para os doentes, para os pecadores que somos todos nós”, finalizou Dom Roberto.

De acordo com o Código 522 do Direito Canônico, o sacerdote tem estabilidade e é nomeado por tempo indeterminado. Somente quem pode definir um tempo para a permanência do sacerdote é o Bispo da Diocese responsável pela paróquia, mediante decreto. Quem define a permanência é o Conselho Presbiteral, que é constituído pelo bispo da diocese ou arquidiocese em questão e alguns padres por ele escolhido. Segundo as Leis da Igreja, essa transferência pode ser voluntária, ou seja, a pedido do padre, ou por obediência, quando a determinação vem do próprio Bispo. A obediência é própria do sacerdote que fez o juramento nos votos da ordenação. Ao novo pároco é entregue a chave da Igreja, que tem como missão de governar a comunidade de Deus a quem foi confiada.

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