Bispo de Campos fala sobre importância de Bento XVI para a Igreja

“Soube conjugar o Caritas in Veritate, ou seja, a Caridade com a Verdade e a Verdade na Caridade”, afirma Dom Roberto sobre o Papa Emérito Bento XVI.

Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

A Igreja Católica se despede, neste sábado (31/12), do Papa Emérito Bento XVI, que faleceu às 09h34, no Mosteiro Mater Ecclesiae, na cidade do Vaticano, conforme nota emitida pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteu Bruni. “Com pesar informo que o Papa Emérito, Bento XVI, faleceu hoje às 9:34 no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano. Mais informações serão fornecidas o mais rapidamente possível”, declarou a nota.

O Papa Bento XVI iniciou o pontificado no dia 19 de abril de 2005, após a morte do Papa João Paulo II, após 26 anos, 5 meses e 17 dias de pontificado. Por meio de nota oficial, a Diocese de Campos manifestou o pesar pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI, ocorrido neste sábado, 31 de dezembro. Segundo a nota, o testemunho de vida do Papa Bento XVI é um exemplo para todos nós. A fidelidade à Igreja e a corajosa posição em favor dos mais desamparados sempre marcou passo a passo sua caminhada. “Certamente pesar pela perda irreparável por um dos homens da Igreja que deram uma contribuição rica e inestimável, desde o Concílio Vaticano II, sua presença na Comissão de Doutrina da Fé. O pontificado marcado pelo diálogo, pela proposta de uma modernidade aberta para a fé. A apresentação sempre da beleza de ser cristão, que também é da primazia da graça, defendida também antes por São João Paulo II. A gratidão por sua obra, mensagem e testemunho, que ficará como um legado para a nossa Igreja nesses tempos. Que ainda temos presente o que ele classificou como ditadura do relativismo. O Papa Bento XVI sempre foi um defensor da antropologia dos direitos humanos e da liberdade religiosa. Sempre com a  capacidade de articular a razão com a fé”, declarou Dom Roberto Francisco.

O Cardeal Joseph Alouisius Ratzinger, assim que foi eleito Papa, declarou na época ser “humilde trabalhador na vinha do Senhor”. A escolha do nome “Bento XVI” foi explicada por ele na Audiência Geral de 27 de abril de 2005. Então Pontífice, evidenciou a coragem de Bento XV (1914-1922) em tempos de guerra e o compromisso pela paz, mas admitiu ter se inspirado também em São Bento de Núrsia.

Segundo Dom Roberto, Bento XVI foi um extraordinário pastor no acompanhamento e promoção, na Igreja e na sociedade, das comunidades e da cultura religiosa afro-brasileira. “Foi o Papa Bento XVI que assinou o Acordo Brasil Santa Sé, com o então presidente Lula, que foi o acordo maior e a concordata mais ampla, que não apenas garantiu os direitos da Igreja constituição, mas a liberdade religiosa, com o direito a todos os credos”, disse dom Francisco.

O corpo do Papa emérito estará na Basílica de São Pedro para a saudação dos fiéis a partir da segunda-feira (02/01). O funeral será na quinta-feira (05/01), às 9h30 locais na Praça São Pedro, presidido pelo Papa Francisco. “A belíssima amizade entre o Papa Francisco e o Papa Emérito. Uma amizade de respeito, dignidade e sempre de apoio ao Papa Francisco, como o único Papa. Além da teologia sábia que soube conjugar o Caritas in Veritate, ou seja, a Caridade com a Verdade e a Verdade na Caridade. Isso é muito importante, pois tem gente que a pretexto da verdade atacam os outros. Entretanto, toda a verdade é amorosa e todo o amor é verdadeiro”, finalizou Dom Roberto.

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