Bispo de Campos fala sobre o dia de Nossa Senhora das Navegantes
Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)
Nesta sexta-feira, dia 2 de fevereiro, quando a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor, muitas comunidades da Diocese de Campos também comemoram o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes. A devoção remonta à Idade Média, na época das Cruzadas, e está intimamente ligada ao título “Estrela do Mar”. De acordo com o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, a festa é celebrada em várias comunidades litorâneas, além de ser considerada a quarta maior festa religiosa do Brasil, com a famosa procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, que acontece nos municípios de Campos, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. “Mostra-nos que, nas viagens da vida, comparadas não ao cruzeiro e ao turismo, mas justamente às tempestades, Nossa Senhora dos Navegantes têm sido a protetora dos marinheiros e pescadores. Protege-nos justamente na nave frágil que é a nossa vida, a nossa existência. E sempre faz, ou nos orienta, para o seu Filho Jesus Cristo e o Paraíso, o Reino. Gostaria de dizer que ela nos renova nessa confiança filial que devemos ter a Nossa Senhora. E pedir como será feito em Atafona neste ano, Nossa Senhora também Mãe das Águas, Mãe da Vida, que proteja justamente a faixa litorânea das consequências do aquecimento que o oceano vai crescendo e vai tomando, justamente, territórios nos quais estão às pessoas, suas moradias frágeis”, afirmou Dom Roberto.
Naquele tempo, os cruzados atravessavam o Mar Mediterrâneo rumo à Palestina para proteger os peregrinos e os lugares santos dos infiéis. Tendo em vista os perigos que enfrentam, esses bravos homens invocavam a Santíssima Virgem Maria pelo nome de “Estrela do Mar”, pois, sob esse título, ela era conhecida como aquela que protegia os navegantes, mostrando-lhes sempre o melhor caminho e um porto seguro para a sua chegada. “Nossa Senhora dos Navegantes protege também as áreas litorâneas, nas praias, porque ela sempre, como a Nossa Senhora Aparecida, surgirá das águas para abençoá-las. E para nos lembrar o dia memorável do nosso batismo, quando nos tornamos filhos de Deus. E por isso mesmo, servos desta terra que devemos cuidar como ela cuida”, concluiu Dom Roberto.