Dom Roberto Francisco participou do 32º Curso dos Bispos realizado no Centro de Estudos do Sumaré no Rio de Janeiro

Curso foi realizado de segunda feira (23/01) a sexta feira (27/01) refletindo sobre o tema Novas comunidades e a evangelização hoje. O curso além da oportunidade de debater temas da atualidade promove uma oportunidade de convívio fraterno entre o episcopado nacional.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

Fotos: Carlos Maioli

Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, participou nesta semana do 32º Curso Anual dos Bispos promovido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. O encontro reuniu bispos de todo o Brasil, que refletiram o tema Novas Comunidades e a evangelização hoje.

No encerramento na sexta feira 0 Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta destacou que é um momento que proporciona, além dos estudos e conferências, também uma oportunidade de convívio fraterno entre o episcopado nacional.

Foram dias de aprofundamento teológico e pastoral para uma igreja em saída e sinodal. Trabalhando com o tema “Novas comunidades e evangelização hoje”, o Curso para os bispos proporcionou uma visita ao trabalho desenvolvido pela Comunidade Shalom nessa realidade tão própria para o nosso tempo que são os shoppings centers. Ali, no meio de uma realidade comercial e de lazer, os missionários apresentam o amor de Cristo ao grande número de pessoas que afluem ao centro comercial carioca.

“Uma aula prática para nós!” Assim definiu dom Fernando Rifan, bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, a visita feita pelos bispos à capela São Paulo II no Shopping Via Brasil, zona norte do Rio de Janeiro.  A visita foi feita na tarde do dia 25, dentro da programação do 32º Curso para os Bispos do Brasil.

Na opinião de Dom Roberto Francisco o curso proporcionou uma avaliação   do papel das novas comunidades no processo de evangelização de uma igreja em saída e no processo sinodal. Caminhos de escuta e de busca do encontro das realidades eclesiais desafiadoras para a evangelização

– Bispos e fundadores colocaram uma realidade esperançosa do contributo e legado que as novas comunidades oferecem a igreja hoje conseguindo entrar em áreas que a igreja não está presente, lugares que as comunidades paroquiais não conseguem ter presença. Foi um momento muito importante e uma benção pelos conhecimentos revelar os conflitos com momentos de esperança para a Igreja. – pontua Dom Roberto.

As novas comunidades e desafios eclesiais e da evangelização

O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro ressalta o crescimento das novas comunidades e os desafios de uma igreja que se projete nas periferias existenciais e presença na sociedade e exigem uma presença eclesial e evangelizadora, aproveitando os espaços sociais.  Para Dom Orani, destaca que é preciso dar atenção a elas e orientá-las para que sigam as instruções da Igreja, prescritas pelo código de Direito Canônico e demais orientações da Igreja.

“A evangelização nos dias de hoje não é como antigamente, a linguagem e o método de evangelizar mudaram, como nos diz o Papa Francisco. É preciso ir ao encontro das ovelhas e não ficar na Igreja ou ‘sacristia’ esperando os fiéis. Cumprindo aquilo que Jesus pediu, a Igreja tem que ir ao encontro das ovelhas perdidas.  A evangelização nos dias de hoje tem que se adaptar a novos públicos, a Igreja tem que evangelizar para todas as pessoas e ensinar o caminho correto para se chegar ao Reino de Deus”, defende o cardeal.

A cada ano, diversos bispos são convidados para ministrarem as palestras durante o curso. Para este ano, os convidados foram:  O prefeito do dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Joseph Farrell; o bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, dom Antonio Luiz Catelan Ferreira; o reitor da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, padre Luis Navarro; o superior geral do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, padre Alexandre Awi Mello; O vigário episcopal para os Institutos de Vida Consagrada, Sociedades de Vida Apostólica, Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades da arquidiocese do Rio de Janeiro, dom Roberto Lopes; Também participarão os fundadores de comunidades. O núncio apostólico no Brasil, dom GiambattistaDiquattro, que participou ano passado virtualmente também estará presencialmente neste ano.

De acordo com dom Orani, o curso é, ainda, uma oportunidade de convivência fraterna entre os bispos. “Mesmo quando teve que ser de forma virtual, devido à pandemia, isso foi possível e agora de maneira presencial será melhor ainda. O episcopado brasileiro e latino-americano se preocupa bastante com o futuro da Igreja e em como evangelizar num mundo tão transformado. Os anos vão passando e a Igreja tem que chegar a todas as realidades geográficas, sociais ou virtuais’, relatou. 

Sínodo dos Bispos

Outro tema quer será refletido no encontro é o Sínodo dos Bispos, que terminará no próximo ano. De acordo com dom Orani, a palavra ‘sínodo’ significa caminhar junto, ou seja, os fiéis caminham junto com a Igreja e, também, opinam sobre como a Igreja pode se sentir mais próxima dos fiéis. “Por isso, o Curso dos Bispos 2023 vai discutir um pouco sobre isso, sobre as novas formas de evangelizar e de como a Igreja pode estar mais próxima dos fiéis. É urgente a evangelização nas famílias e como a Igreja pode entrar em cada lar através dos meios de comunicação”, defende.

O cardeal reforça que uma das formas de afeto, comunhão e colegialidade é rezar pela Igreja. “Nossa oração, na semana de 23 a 27 de janeiro, será para todos os bispos e convidados que estarão no Centro de Estudos do Sumaré, reunidos para o Curso dos Bispos. Vamos acompanhar, pelas mídias da arquidiocese, os momentos comunitários deste curso, rezando pelos bispos presentes!  Acompanhemos com as nossas orações o Curso dos Bispos em nossa arquidiocese, e que seja um tempo de estudo e de graça e o Espírito Santo renove o coração de cada um de nós”, exorta. 

Com informações da Arquidiocese de Rio de Janeiro e do site da CNBB – Nacional

 

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