Família: lugar da preservação de valores e a defesa da vida

Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, reflete sobre a importância da instituição familiar e aponta caminhos para superar as crises atuais. Destaca o papel da família na preservação dos valores éticos e morais e da defesa da vida. Dom Orlando trata de temas importantes no livro Amigo da Família, recentemente lançado pela Paulus Editora.

Ricardo Gomes – Jornalista

Em tempo de ideologias contrarias a família, o Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes destaca o papel da família como defensora da vida e da preservação dos valores éticos e morais. O homem é um ser social e, por isso mesmo, um ser familiar e precisa dos outros para existir, crescer e sobreviver. Dom Orlando fala da família, santuário da vida e laboratório do amor por ser um dom de Deus. Lugar do diálogo, perdão e carinho e uma instituição de salvação e escola de valores.

– A família é a esperança da sociedade, assim, o religioso reflete junto aos leitores, sobre as principais crises familiares e como vencê-las em meio aos desafios atuais e, também a respeito da importância do diálogo e o rosto da família do terceiro milênio. A primeira instituição que a pessoa encontra é a convivência no seio familiar. – pontua Dom Orlando.

Família: lugar do convívio social

Dom Orlando Brandes parte do princípio que o homem é um ser social e, por isso mesmo, um ser familiar. Precisa dos outros para existir, crescer e sobreviver. A vida humana se caracteriza pela interdependência das pessoas e instituições. Ninguém é uma ilha. A primeira sociedade que a pessoa encontra e da qual depende é a família. O homem é um ser familiar, com a vocação de se preparar para conviver com os outros, em sociedade.

– A vocação da humanidade é ser uma grande família. O próprio Criador é, em seu mistério trinitário, uma família. Cria o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, para serem uma comunidade de vida e de amor. Por desígnio de Deus, o ser humano é um ser familiar, uma vez que toda paternidade vem de Deus, e não é bom ao homem estar só, nem separar o que Deus uniu, mas ser, na família, uma só carne. Na família divina está a genealogia da família humana. A natureza humana impulsiona o encontro do homem e da mulher. Carregamos dentro de nós um instinto familiar, uma lei de comunhão, de unidade e de convivência. A família é anterior a qualquer instituição humana e está a serviço da geração de vida e da dignidade da pessoa. Na reciprocidade e complementaridade entre o homem e a mulher, encontra-se o fundamento natural da família. Da comunhão conjugal emana a comunhão familiar. – revela.

Família: lugar da preservação da vida

A natureza humana impulsiona o encontro do homem e da mulher. Cada um carrega em si uma história familiar. A família é anterior a qualquer instituição humana e está a serviço da geração da vida e da dignidade da pessoa humana. Homem e mulher encontram o fundamento natural e a comunhão conjugal. Dom Orlando ressalta que crer na família é necessário para o bem da sociedade.

– Temos muitas razoes para crer na família, porque ela é instituição divina, lei natural que tem um instinto ancestral e a primeira instituição social, o berço e a segurança da vida e o patrimônio da humanidade, um tesouro do povo, uma benfeitora da sociedade. A família humaniza a pessoa e a sociedade. – destaca Dom Orlando.

Recorda que a família está a serviço da vida, da educação e da convivência social e uma escola de amor e da realização do amor conjugal, filial, fraternal, social e religioso e espaço para as relações interpessoais de comunicação. Escola de capacitação e de superação das adversidades e adverte que deve ser o lugar da alteridade, comunicação, convivência, confiança e reciprocidade.

– A família é um tesouro que gera outros bens humanos e sociais, de paz e de solidariedade. A família é a riqueza das nações e dos povos. E uma grande benfeitora da humanidade. Precisamos criar a cultura da família, civilização da família, pois é o sustento da sociedade, o ligar do crescimento da pessoa, da atenção aos outros e da partilha. – revela Dom Orlando.

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