Jovem Mártir é beatificado na Espanha
Joan Roig Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a Guerra Civil Espanhola de 1936. Ele tinha a devoção de ir à missa diariamente, queria ser missionário e, de certa feita, diante de tentativa de dessacralização e profanação do Santíssimo Sacramento enfrentou o perigo de morte para defender a Eucaristia. Como catequista, dedicou grande parte de seu tempo na evangelização das crianças em uma época que isto era um perigo constante.
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
Foi realizada esta manhã, de sábado (08) na Basílica da Família Sagrada, em Barcelona, na Espanha, a cerimônia de beatificação de João Roig y Diggle, assassinado “in odium fidei” aos 19 anos durante a guerra civil espanhola. Representando o Papa, a celebração foi presidida pelo cardeal-arcebispo de Barcelona, Juan José Omella y Omella. Atualmente está enterrado em uma capela lateral da Paróquia de São Pedro no Masnou, Barcelona (Espanha). Núncio Apostólico em Espanha. Participaram da cerimônia Mons. Bernardito Auza e o Arcebispo emérito de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach e alguns familiares do jovem. A cerimônia de beatificação realizou-se respeitando as medidas de segurança e aforo determinadas para evitar a propagação da COVID-19.
Diante da perseguição, os templos de Barcelona foram fechados, queimados ou destruídos e não era possível participar da Missa em nenhuma igreja.
Pe. Llumá deu ao jovem uma âmbula com a Eucaristia para que pudesse dá-la aos mais necessitados em suas casas. Em uma dessas visitas, Joan Roig disse à família Rosés que naquele dia que estava com eles iam matá-lo. “Nada temo, carrego comigo o Amo”. Deixou o Santíssimo Sacramento e, após voltar de seu trabalho, o pegou e o levou para sua casa.
Algumas horas depois, milicianos bateram na porta de sua casa e Joan rapidamente consumiu as hóstias que custodiava. Abraçou sua mãe e se despediu dela dizendo Deus está comigo. A patrulha das juventudes libertárias de Badalona, formada por militantes comunistas, o levou junto ao cemitério de Santa Coloma de Gramanet. Suas últimas palavras foram: “Que Deus os perdoe como eu os perdoo”.
Joan Roig foi assassinado com 5 tiros no coração e um na cabeça, em 11 de setembro de 1936. Tinha 19 anos. Segundo as leis da época, não era considerado adulto. Após a guerra, seus restos mortais foram recuperados e reconhecidos pelas 5 feridas no peito e no crânio.
Papa destaca no Ângelus as virtudes do jovem mártir beatificado na Espanha. Destaca o Pontífice que Joan Roig y Diggle foi uma testemunha de Jesus no local de trabalho e permaneceu fiel a ele até o supremo dom da vida. O seu exemplo desperte em todos, especialmente nos jovens, o desejo de viver plenamente a vocação cristã. E pediu palmas ao jovem valente e defensor da eucaristia.
– Vejo ali uma bandeira, que me faz pensar no povo da América Central, atingido nos últimos dias por um violento furacão, que causou muitas vítimas e danos consideráveis, agravados também pela já difícil situação da pandemia. Que o Senhor acolha os mortos, conforte as suas famílias e apóie os mais provados, bem como todos os que se empenham ao máximo para os ajudar. – revela o Papa.