O Papa do Encontro, do Cuidado e da Misericórdia

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz Bispo  de Campos (RJ)

Ao celebramos a Solenidade Martirial dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, as duas luminárias e alicerces fundacionais da comunidade eclesial, da sua identidade e missão, lembramos, nesta efeméride, o carisma petrino, isto é, o pastoreio e a liderança do Papa como guia e centro de unidade e comunhāo. Cada Papa, como Vigário de Cristo, e fiel a seu ofício de edificar na primazia do amor, como afirmava Santo Inácio de Antioquia,uma comunidade servidora, fraterna e missionária, dá uma resposta de fé e firme esperança no tempo que o Senhor o chama para desempenhar a sua missão.

O Papa Francisco, o primeiro Pontífice e latino-americano de origem, tem se caracterizado por um estilo sinodal e comunional de exercer o seu ministério, e tem trabalhado intensamente o que podemos denominar a Cultura do Encontro, do Cuidado e da Misericórdia. Encontro, sendo ponte de entendimento, diálogo e aproximação entre as pessoas, povos, mentalidades e religiões, escutando e oferecendo espaços para que itigantes já seja, grupos e nações em conflito se sentem numa mesa para conversar e negociar acordos para o bem comum e para a paz universal.

Já como Pai e Pastor, tem transparecido para com todos os tipos de pobreza, sofrimento e aflição, o cuidado compassivo de quem partilha e vai ao encontro das pessoas de carne e osso, pele e pescoço, colocando-as no seu coração e doando-lhes o abraço da esperança. Mas, em todo seu agir e pensar nos ensina a experimentar e viver o Deus cujo nome é misericórdia, misericórdia que deve perpassar toda a obra evangelizadora, gerando relacionamentos e estruturas, centrados na acolhida, na proteção, na promoção integral da pessoa humana, e na integração a uma comunidade que cura e salva.

Com o Papa Francisco aprendemos a sonhar com uma Casa Comum, restaurada a partir do projeto do Reino, como uma civilização da dádiva, da partilha e da confiança, deixando para trás pandemias e ídolos que matam a vida e não nos deixam celebrar e caminhar na gloriosa liberdade dos filhos de Deus, como guardiões da Terra e pelo cuidado e responsabilidade universal. Deus seja louvado!

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