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Vandalismo: Diocese de Campos registra sétima Igreja alvo de ataques e profanações

Mais uma igreja em Campos foi alvo de vandalismo na Diocese de Campos, o último caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (11/09), na Capela de São Bartolomeu, no Parque São Silvestre, pertencente a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Segundo o pároco Pe. David José de Matos, os suspeitos entraram pela porta da frente, que foi arrombada, em seguida reviraram a sacristia, derrubando objetos litúrgicos. O sacrário foi retirado do lugar e deixado no chão, mas não foi profanado. Ainda de acordo com o padre nada foi roubado da igreja, após um contato com o bispo diocesano Dom Roberto Francisco, recebeu as orientações que estão sendo seguidas. Nesta quinta-feira (12/09), será celebrada às 19h, na Capela São Bartolomeu, a Santa Missa em desagravo pelo vigário geral da Diocese de Campos, Monsenhor Leandro de Moraes Diniz. “Nós estamos tomando as providências necessárias para que outras igrejas não sejam alvo. Nosso objetivo não é criminalizar, mas que respeitem o sagrado”, afirmou o padre David.

Dom Roberto Francisco, por meio de nota nas redes sociais, manifestou preocupação com mais uma igreja profanada no território diocesano. “Manifesto a preocupação com os casos, pois afeta a liberdade de culto das comunidades, o espaço do culto que é sagrado. Solicito às autoridades que deem uma resposta mais efetiva quanto à segurança pública, a um policiamento comunitário mais presente na vida das populações”, afirmou a nota.

O Ministro Extraordinário da Distribuição da Sagrada Comunhão, Guilherme de Oliveira, que é da comunidade foi um dos primeiros a chegar à capela. Ele fala da preocupação com mais uma igreja que foi invadida e conta que ao chegar a igreja se deparou com o ato de vandalismo. E a falta de segurança no local onde todas as manhãs realizam orações com celebração da Palavra e Distribuição da Comunhão.

– Manifesto nossa tristeza e preocupação com a profanação da casa de Deus. É mais uma igreja atacada na nossa Diocese, a intolerância religiosa não pode ser maior que a nossa fé. Continuaremos rezando principalmente por estas pessoas que cometeram esse sacrilégio e por nossas autoridades para que nos dêem uma resposta efetiva com a nossa segurança pública. Como diz a palavra ‘Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos’. – informou Guilherme de Oliveira.

A integrante da Pascom da Paróquia, Thais Maciel Viana ressalta que é inegável que a igreja vem sofrendo perseguições e muito triste para os católicos deparar com essa cena e saber que ainda existem pessoas que não respeitam o sagrado. “Nos preocupamos pelo ocorrido. Nos resta rezar e confiar em Deus e cada um ajudar a cuidar das nossas igrejas”, disse Thais.

Nas redes sociais da Diocese de Campos, inúmeras postagens de fiéis que se solidarizaram com a situação da capela. Levantamento feito pela Diocese de Campos, aponta que em apenas três meses, esta foi a sétima igreja alvo de vandalismo. Os casos foram registrados nas cidades de Campos (4 ocorrências), Itaperuna (1 ocorrência), São Francisco do Itabapoana (1 ocorrência) e São João da Barra (1 ocorrência). Inclusive na época Dom Roberto chegou a se posicionar sobre os atos de vandalismo. “Na medida do possível precisamos construir junto com toda a comunidade um esquema de segurança com todas as igrejas, não apenas as nossas. Não podemos permitir que a intolerância religiosa, ou também furtos patrimoniais tomem conta, nos ameacem e nos intimidem. As nossas liturgias estão defendidas pela constituição, além do culto a Deus é um direito d’Ele também. Sem templo, sem comunidades litúrgicas, nós não podemos oferecer a Deus um culto nobre e santo. Podemos caminhar juntos e sermos uma comunidade cada vez mais justa, fraterna e unida”, afirmou o bispo.

Texto: Ricardo Gomes e Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

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