Baixada Campista se prepara para festejar Santo Amaro
Em Campos dos Goytacazes (RJ) o clima é de contagem regressiva para as festas de Santo Amaro. No Distrito de Santo Amaro os preparativos iniciaram com a elaboração da programação que será aberta no dia 5 de janeiro com a realização da Cavalgada que sai bem cedo de Mussurepe com destino a Praça do Santuário de Santo Amaro.
No dia 6 de janeiro abre com novenário a parte religiosa. De 6 a 14 de janeiro serão celebradas as missas às 19h e no dia 15 as missas começam às 3h recebendo os peregrinos que caminham a pé percorrendo o Caminho de Santo Amaro. Durante o dia acontecem as missas às 5h, 7h, 9h e as 11h será presidida pelo bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz.
Tradições populares preservadas por uma multidão de devotos que começam a visitar a igreja para pagar promessas. Uma multidão é esperada no inicio da madrugada do dia 15, devotos que fazem o Caminho de Santo Amaro saindo do Centro da Cidade e percorrendo a Rodovia Campos/ Farol. Uma experiência de fé que se repete todos os anos.
O jornalista Orávio de Campos Soares destaca a festa de Santo Amaro e a importância para a cidade de Campos dos Goytacazes e a preservação da cultura popular associada a devoção no santo. Uma festa que alcançou projeção nacional. A cultura preservada, com a cavalhada, folguedo de origem lusa e que acontece desde 1730 no Solar do Colégio.
– Os festejos em louvor a Santo Amaro são os mais importantes para a regional idade católica, principalmente da Baixada Campista, um espaço por onde percorreram as missões jesuítas nos tempos da colonização. Santo Amaro consegue reunir em torno de seus milagres romeiros de todo país e, nesse sentido, sua santificação de faz nacionalmente, inclusive no contexto das culturas populares, sendo a mais importante a encenação das cavalhadas, retratando as lutas entre mouros e cristãos. – pontua Orávio.
Tradição familiar a Cavalhada de Santo Amaro guarda em sua história a presença e envolvimento das famílias desde a preparação até o dia do espetáculo. Detalhes que observa a escritora Gisele Gonçalves autora do livro Cavalhada de Santo Amaro – Uma tradição da Baixada Campista.
– Além dos cavaleiros, a cavalhada conta com a participação de várias pessoas da comunidade, como por exemplo, as que confeccionam as vestes. Por isso, não tem como deixar de falar da rainha da Cavalhada de Santo Amaro, conhecida como Dona Conceição. Ela por anos convencionou as vestes com muito primor. O trabalho com as vestes preserva uma riqueza de detalhes no qual emergem tradições muito peculiares da nossa Baixada Campista. – destaca Gisele Gonçalves.
Texto: Ricardo Gomes com fotos Dib’s Hauaji