Missas, peregrinação na Festa Nossa Senhora do Carmo, na Comunidade do Garrafão

Moradores de Santo Eduardo nos preparativos para a Festa de Nossa Senhora do Carmo no Garrafão. Tradição por reunir as famílias num clima de muita animação e com uma programação religiosa que será aberta no sábado (13) e vai até o dia 16, dia dedicado a Virgem do Monte Carmelo. As missas serão realizadas no domingo e na segunda às 19h e no dia da santa às 8h parte da localidade de Santa Rita uma peregrinação e na chegada a missa festiva celebrada pelo Pe. Renato Redeson. A tarde as 14h a cavalgada chega para celebrar a padroeira.

Na segunda feira (15) após a missa acontece a tradicional quadrilha organizada por Rita Tostes. Uma festa que reúne moradores da comunidade e nestes dias recebe os que residem em outras cidades. Nascida na região e atualmente residindo na Região dos Lagos, Eurídice Tostes vem prestigiar a festa como todos os anos. Para a Odontóloga voltar a comunidade  é uma alegria e em especial para o convívio com amigos e familiares. A médica Sara Tostes vem de São Paulo nestes dias festivos.

– Nesses dias de festa no Garrafão a alegria nos contagia. Amigos que moram em outras cidades aparecem para viver esses momentos de devoção e fé na nossa santinha. Nossa família cuida da igreja que tem mais de 100 anos e que é o lugar onde renovamos nossa esperança em dias melhores. Garrafão é um lugar lindo. A Pedra que dá nome ao lugar é um cartão postal que precisa ser valorizado. Um ambiente com nascentes de água pura. Foi ai que nasci e meus pais nos criaram. – disse Rita Tostes.

Aos 80 anos, Zeny Werneck Barreto, nasceu na localidade e guarda muitas recordações da festa de Nossa Senhora do Carmo. Seu pai Antônio Pereira Werneck, que era funcionário da família Jardim. Recordações de um tempo de muita fartura. No Garrafão as propriedades produziam arroz, café, milho e feijão.

– Meus avós moravam numa casa que era na fazenda de Jeciar Lubanco, pai do falecido vereador João Lubanco. Lá eles trabalhavam na plantação de arroz, café milho e feijão e tudo que fosse pedido pelos proprietários. Era um tempo muito difícil, mas minha mãe freqüentava as ladainhas na Festa de Nossa Senhora do Carmo. Nesse tempo a igreja era iluminada com lampiões de azeite. Com 26 anos de idade ela se casou e foi morar em Santo Eduardo. Ela recorda desse tempo, mesmo com essas dificuldades ela me conta que era muito feliz. – conta Lenilson Werneck.

Um paraíso de muito verde, água, montanhas e o ambiente das fazendas e sítios. Atrativos para a realização de um projeto de turismo rural. Viver um dia diferente. Para quem mora na cidade proporcionar as crianças conhecer um pouco da vida no meio rural. Essas as reivindicações dos moradores. E uma oportunidade para a geração de renda. Com a escassez de trabalho, os jovens saem para as cidades, o que coloca em risco a historia secular do Garrafão.

– Nossa família hoje vive nas cidades. Minha irmã Luzia continua na região. Mora no Distrito de Santa Maria onde trabalha numa escola. Eu em Santo Eduardo e tenho irmãs na Região dos Lagos. Mas precisamos de investimentos da Prefeitura de Campos para termos opções de trabalho para os jovens e evitaria que fossem obrigados a sair para procurar estudos e trabalhos fora. E um sonho, mas estamos confiantes. – pontua Rita.

Programação

– Dia 14/07- Domingo

19h – Missa                 

– Dia 15/07 – Segunda

19 h Missa

20 h Quadrilha

– 16/07 Dia da Festa

8h – Peregrinação dos devotos

Saída da Entrada da Estrada do Garrafão

10h – Missa Festiva

14h Cavalgada

Texto: Pascom Diocese Campos