Pandemia: paroquia na Diocese de Campos dá exemplo de solidariedade

Com a Pandemia aumentou as desigualdades sociais no Município de Campos dos Goytacazes (RJ) Jovens da Paróquia Nossa Senhora da Penha no Distrito de Morro do Coco estão organizando através da Pastoral Social Santa Teresa de Calcutá arrecadação de alimentos destinados a famílias carentes. A Coordenadora Bruna Rodrigues pretende expandir as ações com campanha do agasalho e atendimento social e de conscientização cidadã dos moradores.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

Uma lição de solidariedade. Em Campos um grupo formado por jovens estão organizando na Paróquia Nossa Senhora da Penha, no Distrito de Morro do Coco a Pastoral Social Santa Teresa de Calcutá que pretende realizar ações para ajudar as famílias em vulnerabilidade social. Além da arrecadação de alimentos os agentes pretendem expandir a ação solidaria com campanhas. A Pastoral foi recentemente criada pelo Pe. José Maurício Peixoto que percebeu que com a Pandemia aumentou o número de famílias carentes na comunidade paroquial.

Mas a expectativa é ampliar ao cuidado com as famílias com a realização da Campanha do Agasalho, promover ações de conscientização sobre saúde e atividades envolvendo famílias para evangelizar. Um conjunto de ações que ajudem o desenvolvimento integral.

– A Pastoral Social Santa Teresa de Calcutá nasce da necessidade de cuidar das pessoas em vulnerabilidade social neste momento em que a Pandemia atinge famílias desempregadas. E nossa comunidade reflete esse problema e somos chamados a cuidar dessas famílias buscando diminuir esse problema social e a nossa paróquia está atenta a este momento de muito sofrimento, dor, incerteza e de muitas mortes. – desabafa Pe. José Maurício Peixoto.

Solidariedade e partilha

Inspirada em Santa Teresa de Calcutá a Pastoral Social da Paróquia Nossa Senhora da Penha tem por objetivo a solidariedade e a partilha. O Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz destaca esse gesto de arrecadação de alimentos destinados as famílias carentes como um gesto pascal que revela o Cristo que cuida dos pobres.

– Gostaria de partilhar da alegria de cuidar do pobre como um gesto pascal e recordar que Cristo ressuscitado está na alimentação como pão da vida. Onde a mesa é repartida reanimamos pessoas e mostramos a esperança de um mundo que partilha. – destaca o bispo.

A Coordenadora da Pastoral Social Santa Teresa de Calcutá, Bruna Rodrigues destaca a importância neste momento em que aumenta o número de famílias carentes neste tempo de Pandemia que ampliou as desigualdades sociais com o desemprego que afeta um maior número de famílias carentes.

– A Pastoral Social Madre Teresa de Calcutá, foi uma ideia do nosso Padre José Maurício, com a Pandemia ele sentiu a necessidade de ajudar as famílias carentes de Morro do Coco. Me convidou a está a frente da Pastoral por já sabe que eu já fazia um trabalho social por conta própria. Já estamos com 8 famílias cadastradas todas da nossa localidade e antes mesmo de começar a trabalhar de fato já atendemos três famílias em caso de urgência com alimentação e roupas. -relata Bruna.

A Pastoral Social tem projetos além da arrecadação de alimentos. Promover campanha de agasalhos e ajudar as famílias e faz um apelo a que outras pessoas possam ajudar a ampliar as atividades assistenciais.

– Nós já temos algumas pessoas cadastradas que estamos chamando de padrinhos da pastoral são pessoas que assumiram o compromisso de nos ajudar todo mês com alimentos. Eu já entrei em contato com o centro da Mulher pra saber instruir as mulheres sobre marcações de consultas e exames. A gente faz visitas as casas pra saber a real situação da família.Porque as vezes a gente acha que só falta comida, mas chega lá e descobre, tantas outras necessidades. – conclui Bruna.

A Pastoral Social Santa Teresa de Calcutá é o espaço para a solidariedade e a partilha

“Cuidar das feridas causadas pela Pandemia e curar a sociedade que sofre diante da dor, do sofrimento e da morte. A exemplo de Santa Teresa de Calcutá é abraçar o pobre. É tempo do cuidado e do amor. – Pe. José Maurício Peixoto.

Para Leonardo Pereira Barbosa participa da Pastoral Social e destaca a importância neste tempo de Pandemia o cuidado com as famílias carentes que aumentaram com o desemprego e fala de uma ação solidária da igreja. E  uma pastoral muito importante para toda a comunidade que teria de procurar ajudar na partilha solidária.

– A muitas famílias carentes em nossa comunidade, e nesse tempo de pandemia isso vem crescendo cada vez mais, pelo crescimento do desemprego. E o trabalho da nossa pastoral é ajudar essas famílias carentes com o apoio da nossa comunidade e com a graça a de Deus estamos conseguindo ajudar cada família que vieram e estão vindo até a nós nesse momento. Fiquei muito feliz pelo convite de fazer parte dessa pastoral, e ainda mais feliz de ver o apoio da nossa comunidade com tantas doações. Juntos somos mais fortes!- relata Leonardo.

Giovana Pereira de Freitas Ruiz disse que primeiramente é necessário a todos a vivencia do amor e da caridade neste tempo tão difícil para toda a sociedade e a Pastoral Social tem essa missão de ser uma pastoral em uma igreja samaritana que a exemplo de Santa Teresa de Calcutá cuida dos pobres.

Jesus nos ensinou Amai ao teu próximo como a ti mesmo. Caridade é isso, amar ao próximo, tentar levar um pouco de carinho aos que precisam, seja por meio de um alimento, agasalho, remédio ou até mesmo carinho, afeto, um ombro amigo, principalmente nesses tempos difíceis que estamos vivendo, tantas pessoas desempregadas, desoladas, que não tem o que comer ou que perderam entes queridos. É aí que entra o trabalho da nossa Pastoral, tentando levar um pouco de acalento ao coração dos que sofrem. – revela a jovem.

Giovana Pereira de Freitas Ruiz

Lavínia Saint’Clair Tavares,22 anos, sempre se questiona sobre as situações de desigualdades na sociedade e observa que existem pessoas que tem muito e que neste tempo deveria partilhar. Para a jovem é um tempo de cuidar e de seguir o exemplo de Cristo que soube partilhar com os pobres.

– Porque uns tem tanto para comer e outros não tem nada? Porque uns tem uma peça de roupa para usar em cada dia e outros nem tem o que vestir? Será que tudo isso se resume ao quanto alguém estudou para conseguir um emprego dos sonhos e ser bem remunerado financeiramente? Ou talvez a boa condição familiar em que alguém nasceu? Ou será que vai além disso? Tão além que chega ao coração de cada um. A capacidade de ser sensível no olhar ao próximo não vem junto com o diploma ou com o salário no fim do mês. Ser perceptivo às sensibilidades do outro nos dias de hoje é mais que um dom de Deus, especialmente nesse tempo de pandemia que estamos vivendo onde as desigualdades estão ainda maiores. Considero a Pastoral Social Madre Tereza de Calcutá da Paróquia Nossa Senhora da Penha de Morro do Coco, um presente de Deus para as famílias assistidas, uma missão para nós participantes, e um convite a nossa comunidade a sermos mais sensíveis às necessidades de quem está muitas vezes ao nosso lado e não enxergamos. Me sinto muito orgulhosa por poder fazer parte de um trabalho tão lindo. – destaca Lavínia.

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1 Comentário

  1. Com a Pandemia aumentou as desigualdades sociais no Municipio de Campos dos Goytacazes (RJ). Jovens da Paroquia Nossa Senhora da Penha no Distrito de Morro do Coco estao organizando atraves da Pastoral Social Santa Teresa de Calcuta arrecadacao de alimentos destinados a familias carentes. A Coordenadora Bruna Rodrigues pretende expandir as acoes com campanha do agasalho e atendimento social e de conscientizacao cidada dos moradores. Uma li o de solidariedade. Em Campos um grupo formado por jovens est organizando na Par quia Nossa Senhora da Penha, no Distrito de Morro do Coco a Pastoral Social Santa Teresa de Calcut que pretende realizar a es para ajudar as fam lias em vulnerabilidade social. Al m da arrecada o de alimentos os agentes pretendem expandir a a o solidaria com campanhas. A Pastoral foi recentemente criada pelo padre Jos Maur cio Peixoto que percebeu que com a Pandemia aumentou o n mero de fam lias carentes na comunidade paroquial.

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