“Direito ao culto, um direito constitucional”, afirma Bispo de Campos sobre vandalismo em Igreja de Itaperuna

“Então a gravidade da situação demanda uma vez mais fazer uma manifestação, uma declaração em prol da liberdade religiosa do cerceamento desse direito a termos nossos templos em paz e segurança para os fiéis”, declarou Dom Roberto.

Ruan Sousa (Comunicação Diocese de Campos)

Após o ato de vandalismo do final de semana, a Diocese convida aos fiéis para se unir em oração pelos vandalismos que têm sido registrados nas capelas do território diocesano. Segundo o pároco Pe. Paulo Raimundo, da Paróquia, não houve dano material, pois o suspeito não conseguiu fazer o que tinha planejado. “Não houve dano material, pois não houve tempo. As toalhas do altar e da credência foram incineradas. No momento do incidente a Igreja estava vazia, pois tinha acabado de ser arrumada para a Missa. Vamos agendar a Santa Missa com o ato de Reparação contra o templo”, afirmou o Pe. Paulo.

De acordo com o Bispo Diocesano de Campos Dom Roberto Francisco o direito ao culto, as liturgias, um direito constitucional, um direito humano fundamental. “Nós sabemos que o êxodo tão importante para a cultura judaica cristã foi a origem de todos os direitos humanos. Quando não temos liberdade de culto, não temos liberdade de consciência, não temos liberdade de expressão, todas derivam dessa. Então, não só pelas autoridades, é que tomem consciência da gravidade desse tipo de ataques a igrejas. Não é isolado esse fenômeno. Em Campos já tivemos nove igrejas atacadas no contexto da planície campista. Então, fazemos assim essa manifestação em prol da liberdade religiosa para todos os crentes. Porque a liberdade religiosa é o termômetro também da nossa democracia”, disse Dom Roberto.

Ainda segundo Dom Roberto os fiéis ficaram surpresos pela agressividade desta feita. “Porque outras vezes foram furtos eletrônicos ou, certamente, ataques a algumas imagens. Mas aqui pretendia parar, colocar fogo. E se não fosse surpreendido, teríamos uma igreja queimada. Então a gravidade da situação demanda uma vez mais fazer uma manifestação, uma declaração em prol da liberdade religiosa do cerceamento desse direito a termos nossos templos em paz e segurança para os fiéis”, declarou Dom Roberto.

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