Igreja São João Batista: 100 anos de fé e presença na Comunidade do Capão.

Dias de festa uniu a comunidade do Capão em Campos. Desde o domingo uma extensa programação marcou o Centenário da Igreja São João Batista. Inauguração de painel logo após a Santa Missa presidida pelo Bispo Emérito de Campos, Dom Roberto Gomes Guimarães e na quarta-feira (20/11) o encerramento das festividades com a Santa Missa presidida pelo Bispo de Campos Dom Roberto Francisco. Um tempo de ação de graças pelos 9 anos da elevação da igreja à Paróquia. Para o Diácono Permanente Luiz Kleber Paravidino Júnior (sobrinho bisneto do fundador), um momento de recordações de um legado familiar e hoje com a participação de toda a comunidade.

O sonho começou a se tornar realidade. No dia 11 de março de 2010, Dom Roberto Gomes Guimarães criou a Reitoria de São João Batista e a comunidade festejou a chegada do Pe. Gilson Motta. Mas era tempo de um sonho ousado e no dia 5 de março de 1995 o sonho se tornou realidade e nascia, no dia 20 de novembro de 2010, a Paróquia São João Batista e assumiu Pe. Gilson Motta seu primeiro pároco. Sem esquecer como tudo começou. A primeira capela que na inauguração já reunindo 8000 mil pessoas aos dias de hoje a comunidade só tem de celebrar e festejar um tempo de presença da igreja que acompanha o desenvolvimento do bairro.

Recordações de uma história marcada pela presença de pessoas que ajudaram a construir o legado de fé. O Diácono Luiz Kleber destaca algumas figuras marcantes, há de se destacar a pessoa de D. Júlia Benzi Paravidino que animava os festejos do padroeiro, a irmã Zilda de Castro, religiosa salesiana que promovia a catequese infantil, D. Luiza Degel Tavares, Sr. Fernando Amorim Miranda, D. Anita Barreto, o Sr. João Batista Gomes, entre muitos sem esquecer a importante contribuição dos Missionários Redentoristas que por décadas ajudaram a manter viva a chama da fé e devoção em São João Batista.

Um exemplo familiar

Um momento para reunir toda a família para agradecer por ter iniciado essa história. Recordações guardadas no coração e na memória de Arlete Paravidino, filha do protagonista dessa história de fé.

Um legado de fé e espiritualidade que começa com a família Paravidino que chegou ao Brasil no ano de 1897, o Sr. Angelo Paravidino, acompanhado de sua esposa Francesca Ivaldi, além de seus 3 filhos, Giovani Batista, Matteo e Eugenio, vieram da Região do Piemonte (cidade de Carpeneto) para o Brasil. Como todos imigrantes italianos daquele tempo, procuravam no Brasil melhores condições de vida e como eram agricultores na Itália (provavelmente viticultores), passaram a ser hortelões no Brasil (Campos). Giovani Batista aportuguesou seu nome e passou a chamar-se João Batista Paravidino.

– No ano de 1919, tendo ele perdido sua esposa grávida, que havia contraído a terrível gripe espanhola (Influenza) e já estando ele mesmo doente, assim como outros 7 membros da família, suplicou a Deus a cura para todos, pela intercessão de S. João Batista, de quem era devoto, prometendo fazer erigir um capela em sua honra. Assim, como todos alcançaram a cura, cumprindo a promessa, naquele mesmo ano, em uma pequena porção de sua propriedade, construiu a pequena capela dedicada ao Precursor. – recorda o Diácono Luiz Kleber.

Assim, dava início à história de um pequena igreja que hoje é Igreja Matriz da Paróquia São João Batista (erigida paróquia em 20.11.2010) completa 100 anos de evangelização. Um tempo de muitas graças e da construção de um legado de fé, cultura e de espiritualidade que ficará marcado na História da Igreja Católica em Campos, neste tempo de preparação para o inicio das comemorações do Centenário da Diocese de Campos.

 

Texto: Ricardo Gomes

Fotos: Pascom Paróquia São João Batista

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1 Comentário

  1. Momento de muita emoção para nós paroquianos, em ver, ouvir essas história e conviver com membros do fundador, que ainda permanece entre nós.

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